Não tem nada a ver com PAC, não. São duas notícias que vi na televisão ontem à noite que dão a medida exata do que é o brasilzão.
1. Há milhares de crianças na fila de adoção, mas as regras dificultam o processo. Os casais brasileiros preferem as crianças recém-nascidas, de pele clara. Já os estrangeiros não dão bola para a cor da pele. Logo, num país como o Brasil, a tendência seria que os estrangeiros adotassem mais crianças, certo? Errado. Não aqui. O número de adoção por estrangeiros caiu nos últimos dois anos. O Estado, que nada faz por nós a não ser cobrar impostos altíssimos, impede que nossas crianças pobres e abandonadas tenham um futuro melhor alhures.
2. Em algumas cidades do sertão nordestino, algumas mulheres descobriram uma fonte de renda alternativa: parir! Estimuladas pelo salário maternidade, algumas delas têm um filho por ano. Uma moça de 27 anos tem nove filhos. O salário maternidade, que deveria ser usado para criar os filhos, é usado na construção de casebres e até para comprar cabras. ´
O pessoal do governo deveria estudar Economia. Medidas como o salário maternidade, mesmo que criadas com boa intenção, pode redundar em aberrações como essas. Esse é um ótimo exemplo de verificação de um pressuposto da microeconomia: as pessoas reagem a incentivos. Se o governo me paga para ter filhos, por que não os teria? O resultado é claro: o alastramento da pobreza numa região já miserável. É preciso que o governo deixe de populismo e estude mais, para não fazer bobagens monumentais, como essa.
2 comentários:
vim aqui através do blog do Tambosi, gostei bastante. Parabens
Meu pai é cearense e de tempos e tempos visitamos a família por lá. A empregada de um tio meu, com mais de 40 anos e uma penca de filhos, tinha recém-descoberto que estava grávida novamente. Qdo falou pra todos, enquanto estávamos à mesa, emendou: "Mas não me importo, vai ser mais uma bolsa para ajudar nas contas".
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