Bem-feito pra mim; quem mandou assistir a televisão numa noite de segunda-feira?
Pra fechar com chave de ouro minha madrugada, assisti a uma das piores entrevistas de que já tive notícia: Jô Soares falando com o físico pop Marcelo Gleiser. Não que ele não tivesse nada a falar; pelo contrário. O gordo é que fez uma miscelânea: ora falava do livro, ora saía rapidamente para outro assunto que não tinha nada a ver. Parecia conversa de louco. Misturou tudo, caiu no lugar-comum e resvalou para a superstição. Até de disco voador o cara falou, imaginem vocês! O Gleiser não conseguia disfarçar o constrangimento.
O gordo metido a intelectual, considerado um dos homens mais inteligentes "deste país" (como diria outra sumidade), disparou uma sandice após a outra. Um fiasco! Nem a produção do programa, que o salva na maioria das entrevistas, deu jeito. Confundiu física quântica com teoria da relatividade, Stephen Hawking com Planck; não tinha noção nenhuma de que século viveu Ptolomeu, entre outras barbaridades.
Mas a maior delas foi dizer que Aristóteles "quase" acertou que a Terra era o centro do universo, mesmo depois de o Gleiser ter mostrado a teoria da cebola. O que um autor não precisa fazer para vender mais livros no Brasil, não?!
Várias vezes ameacei sair do sofá, mas resisti bravamente. Agora chega; vou dormir.
Um comentário:
Novamente: meu caro, tudo bem? por favor, entre em contato. Sim, é o Claudio, o da entrevista, que voce fez há alguns dias.
Grato
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