Depois de me indignar com o governismo do Franklin Martins, fiquei puto com o show de grosseria do Robert Gallo. Tudo bem que tem alguns entrevistadores que são de última, mas não justifica a grossura do homem. Poderia ter sido, pelo menos, irônico, sarcástico.
Acho que ficou constrangido pelas perguntas que davam um tom crítico em relação ao Bush e sua política (anti) científica. Foi grosseiro com um repórter da Folha que perguntou se ele considerava o governo americano anti-científico. E depois desancou uma mulher de uma agência de notícias sobre Aids (ou algo parecido).
A sorte foi o Dráuzio Varella conseguir acalmar os ânimos do cientista estrelão. Mesmo assim, continuou fugindo das perguntas com tom mais político. Ah, e negou que Bush e o partido Republicano são contra o ensino do evolucionismo! E mais ainda: não foi capaz de estabelecer uma diferença entre evolucionismo e criacionismo. E citou São Thomas de Aquino para argumentar que eles poderiam conviver.
Não que eu compactue com o sentimento antiamericano, muito comum por essas plagas. Pelo contrário: acho que o Bush é um perigo para o sistema democrático americano, baseado no conhecimento científico, nos direitos civis e na tolerância com os imigrantes.
Não adianta dizer que eles perseguem esse ou aquele. Foram os Estados Unidos que deram abrigo à grande maioria de intelectuais e cientistas que fugiram da Europa tomada por Hitler durante a Segunda Guerra - inclusive aquele bando de picaretas da Escola de Frankfurt.
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