quarta-feira, outubro 25, 2006

E agora?


E falando em racismo... a foto ao lado (da EFE) põe por terra a estultice de que a cor da pele da gente denota raças diferentes. Tão diferentes que nasceram dois gêmeos, um negro e outro branco. Ambos muito fofos, né não?
Resta dizer, meu caros, que a idiotice não tem cor, não. Há idiotas brancos, negros, amarelos, vermelhos, rosas com bolinhas verdes... O que parece claro é que ONGs e outros picaretas se esmeram em disseminar a cizânia. Afinal, se não for assim, vão perder a razão de existir.

5 comentários:

Marcelo disse...

Diga-se: filhos do mesmo pai (branco) e mesma mãe (negra).

Outro dia eu estava passando perto da praça Buenos Aires e vi os cachorros brincando. Não sou muito fã de caninos, prefiro gatos, mas a cena me pôs a pensar.

Um labrador, um poodle, um chow-chow e um dálmata brincavam juntos. Se for olhar só a aparência, eles têm MUITO mais diferenças que negros, brancos, índios, amarelos e o escambau. E não tinham frescura nenhuma. Aparentemente, reconheciam-se como igualmente caninos. O suficiente pra conviver.

Carlito Costa disse...

Entendi a intenção, Marcelo, mas a comparação não é muito válida. Cães consideram humanos como parte de sua matilha. Não diferenciam você de um chiuaua. Por isso podem tratar bem humanos e atacar outros cães. A diferença é que um faz parte da matilha e o outro não. Pensando bem, nós também agimos assim.

Paulo Henrique disse...

De onde vc tirou isso, Carlitão?

Megui disse...

Pois é, noto que as pessoas combatem o racismo através de mais racismo. Na verdade acabam sendo mais racistas. Hoje estou assistindo o filme Manderlay do Lars von Trier. Toca exatamente nesse assunto.
Mas no que eu discordo PH, é que se essas pessoas nunca tivessem lutado por seus direitos, provavelmente hoje existiria mais opressão ainda. O negro nos EUA ainda estariam na parte de trás do ônibus. As mulheres não poderiam votar.
Veja, eu não levanto bandeiras mas reconheço que sem trabalho, as coisas não mudam.

Paulo Henrique disse...

opa, opa, Megui, nem eu disse que os negros americanos não devessem combater a discriminação lá - ou melhor, aí onde você está (sorte sua!) Ocorre que em muitos estados havia leis racistas que segregavam e relegavam os negros a andar na parte de trás dos ônibus, por exemplo. E só com o combate à idéia de que eram inferiores foi possível alterar aquele estado de coisas. Pode parecer simplista, mas no Brasil não há isso. Negros frequentam igrejas de brancos e os brancos vão aos terreiros de macumba, por exemplo. Pode parecer cínico da minha parte, já que alguém pode dizer (como dizem) que aqui no Brasil a discriminação é velada - não está nas leis,mas na prática diária. Bom, se é assim, já há as leis que punem severamente as manifestações de racismo. Pra falar especificamente sobre as cotas, elas são a maneira mais fácil e populista de lidar com o problema. Não há educação de qualidade pra quem é pobre, certo? O que faz o governo: cria cotas para os negros, imitando os americanos que -veja como é engraçado - aqui são vilanizados como os tiranos do planeta.
Enfim, sou radicalmente contra cotas de qualquer natureza. Até mesmo para os pobres. Prefiro ter um programa assistencialista, como o Bolsa Família (sobre o qual tenho inúmeras críticas), que incentiva as famílias pobres a manter os filhos na escola. Mas essa condição foi retirada pelo Luis Inércio, que está mais interessado em manter a esmola para garantir os votinhos na próxima eleição. Se tudo der certo, vamos ficar mais próximos, Megui. Se der certo, vou ficar aí neste país acima do que você está.
abração