Acabo de ver na televisão que os playboys que tentaram matar uma moça num ponto de ônibus no Rio de Janeiro (tinha que ser lá) também costumam provocar arruaças em todo lugar, sempre de forma covarde, em bando. Isso que são: um bando. Um bando de covardes.
E uma moradora da região disse que os vizinhos se recusam a falar porque têm receio da reação dos pais dos bandidinhos. Isso mesmo; os pais acobertam tudo. Afinal, são apenas estudantes inofensivos que não poderiam ser misturados com os bandidos na cadeia - como disse um dos pais. Deveriam era ser presos também.
Isso explica porque este país está nesta situação vexatória, deprimente, sem volta. O governo rouba, o ministro rouba, o deputado rouba, o senador rouba, mas o povo continua aprovando o governo, como indicam as últimas pesquisas. Claro, pessoas que acham que espancar e matar não é motivo para ir em cana só podem aprovar um governo corrupto.
E esqueci de mencionar aqui o caso do policial-marginal que matou um aposentado na fila do caixa eletrônico porque se achava no direito de passar na frente dos outros; e também os delinqüentes que mataram um garoto nos Jardins, zona nobre de São Paulo. Só o fim da impunidade pode dar um basta nisso. Enquanto esses marginais forem soltos rapidinhos, voltarão a espancar e matar. E mais: deve haver um rito célere para julgar esses bandidos.
quarta-feira, junho 27, 2007
terça-feira, junho 26, 2007
As causas da brutalidade
Volta e meia um bando de delinqüentes de classe média alta sai por aí cometendo atrocidades - tocando fogo em índio, batendo em mendigos... Agora, espancaram uma moça num ponto de ônibus porque pensaram que fosse uma prostituta! Ah, sim, prostituta pode espancar até a morte, não tem nenhum!
O pai da moça agredida, com muito menos instrução, pareceu muito mais lúcido do o pai de um dos bandidinhos. Disse que isso acontece porque muitos pais não educam mais filhos, deixam que façam o que bem entenderem. É só ler o texto abaixo pra ver que ele está coberto de razão. Vejam a complacência, a leniência com que o pai trata o filho que quase matou uma pessoa sem motivo algum. É claro que pai nenhum quer ver seu filho na cadeia, mas o fulano aí quer que seu filhinho bem criado seja tratado diferentemente dos outros bandidos.
Da Folha de S. Paulo:
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O microempresário Ludovico Ramalho Bruno, 46, disse acreditar que o filho Rubens Arruda, 19, estava alcoolizado ou drogado quando participou do espancamento da empregada doméstica Sirlei Pinto. "Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa?", perguntou ele após ter sido vítima de um tiroteio na delegacia. Dono de uma firma de passeios turísticos marítimos, Bruno afirmou que o filho não deveria ser preso, para não conviver com criminosos na cadeia. "Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores." Se forem indiciados, os acusados vão responder por tentativa de latrocínio (pena de 7 a 15 anos de prisão em caso de condenação) e lesão corporal dolosa (de 1 a 8 anos de prisão).
Folha - O sr. acredita na acusação contra seu filho?
Ludovico Ramalho Bruno - Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias para puni-los. Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles cometeram erro? Cometeram. Mas não vai ser justo manter crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham, presos. É desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.
Folha - O sr. já falou com ele?
Bruno - Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, desesperado. Daqui vai ser transferido. Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdão. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o mínimo que pude fazer. Não é justo prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e mãe, e juntar com bandidos que a gente não sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos.
Folha - O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?
Bruno - Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro é a droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clínicas, botar os viciados lá, controlar a droga.
Folha - Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?
Bruno - Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que não. Lógico que estavam embriagados, lógico que podiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de 19 anos que está na rua numa epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas.
Folha - Como é o seu filho em casa?
Bruno - Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal, um garoto normal.
O pai da moça agredida, com muito menos instrução, pareceu muito mais lúcido do o pai de um dos bandidinhos. Disse que isso acontece porque muitos pais não educam mais filhos, deixam que façam o que bem entenderem. É só ler o texto abaixo pra ver que ele está coberto de razão. Vejam a complacência, a leniência com que o pai trata o filho que quase matou uma pessoa sem motivo algum. É claro que pai nenhum quer ver seu filho na cadeia, mas o fulano aí quer que seu filhinho bem criado seja tratado diferentemente dos outros bandidos.
Da Folha de S. Paulo:
SERGIO TORRES
DA SUCURSAL DO RIO
O microempresário Ludovico Ramalho Bruno, 46, disse acreditar que o filho Rubens Arruda, 19, estava alcoolizado ou drogado quando participou do espancamento da empregada doméstica Sirlei Pinto. "Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa?", perguntou ele após ter sido vítima de um tiroteio na delegacia. Dono de uma firma de passeios turísticos marítimos, Bruno afirmou que o filho não deveria ser preso, para não conviver com criminosos na cadeia. "Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores." Se forem indiciados, os acusados vão responder por tentativa de latrocínio (pena de 7 a 15 anos de prisão em caso de condenação) e lesão corporal dolosa (de 1 a 8 anos de prisão).
Folha - O sr. acredita na acusação contra seu filho?
Ludovico Ramalho Bruno - Eles não são bandidos. Tem que criar outras instâncias para puni-los. Queria dizer à sociedade que nós, pais, não temos culpa nisso. Eles cometeram erro? Cometeram. Mas não vai ser justo manter crianças que estão na faculdade, estão estudando, trabalham, presos. É desnecessário, vai marginalizar lá dentro. Foi uma coisa feia que eles fizeram? Foi. Não justifica o que fizeram. Mas prender, botar preso, juntar eles com outros bandidos... Essas pessoas que têm estudo, que têm caráter, junto com uns caras desses? Existem crimes piores.
Folha - O sr. já falou com ele?
Bruno - Não. É um deslize na vida dele. E vai pagar caro. Está detido, chorando, desesperado. Daqui vai ser transferido. Peço ao juiz que dê a chance para cuidarmos dos nossos filhos. Peguei a senhora que foi agredida, abracei, chorei com ela e pedi perdão. Foi a primeira coisa que fiz quando vi a moça, foi o mínimo que pude fazer. Não é justo prender cinco jovens que estudam, que trabalham, que têm pai e mãe, e juntar com bandidos que a gente não sabe de onde vieram. Imagina o sofrimento desses garotos.
Folha - O sr. acha que eles tinham bebido ou usado droga?
Bruno - Estamos com epidemia de droga. A droga tomou conta do Brasil. O inimigo do brasileiro é a droga. Tem que legalizar isso. Botar nas farmácias, nos hospitais. Com esse dinheiro que vai ser arrecadado, pagar clínicas, botar os viciados lá, controlar a droga.
Folha - Mas o sr. acha que eles poderiam estar embriagados ou drogados?
Bruno - Mas é lógico. Uma pessoa normal vai fazer uma agressão dessa? Lógico que não. Lógico que estavam embriagados, lógico que podiam estar drogados. Eu nunca vi [o filho usar droga]. Mas como posso falar de um jovem de 19 anos que está na rua numa epidemia de droga, com essas festas rave, essas loucuras todas.
Folha - Como é o seu filho em casa?
Bruno - Fica no computador, vai à praia, estuda, trabalha comigo. Uma pessoa normal, um garoto normal.
quarta-feira, junho 06, 2007
Às Claras na final
O meu amigo Marcelo Soares não pára de ser indicado para prêmios. No ano passado ganhouo Esso de melhor contribuição à imprensa com o projeto Deu no Jornal e agora é finalista de um outro importante prêmio internacional. Isso é sinal da competência do pessoal da Transparência Brasil, capitaneada pelo Cláudio Weber Abramo.
O projeto Às Claras, da Transparência Brasil, é finalista do prêmio Ending Corruption: Honesty Instituted (“Para acabar com a corrupção: honestidade instituída”), do projeto Changemakers, da fundação Ashoka.
O prêmio visa a reconhecer as melhores ferramentas para que o público em geral possa fiscalizar melhor o Estado e combater a corrupção.
Outros oito projetos internacionais foram selecionados como finalistas. Ao todo, 80 projetos de 29 países se inscreveram. A premiação será decidida a partir de votação pela internet, neste endereço: http://www.changemakers.net/en-us/competition/endcorruption
Todos podem votar, até o dia 20 de junho.
Criado em 2003, o projeto Às Claras publica e analisa o financiamento de campanhas eleitorais, a partir de dados oficiais da Justiça Eleitoral. Atualmente, estão disponíveis no projeto
Por meio do projeto, é possível saber de quem os políticos receberam, o conjunto dos beneficiados por empresas e doadores individuais e o grau de sucesso de doadores em suas contribuições.
Essas informações também fazem parte dos dados incluídos no projeto Excelências, que reúne fichas completas de parlamentares a partir de informações públicas. O projeto recebeu o prêmio Esso de melhor contribuição à imprensa em 2006.
O endereço do Às Claras é http://www.asclaras.org.br
O projeto Às Claras, da Transparência Brasil, é finalista do prêmio Ending Corruption: Honesty Instituted (“Para acabar com a corrupção: honestidade instituída”), do projeto Changemakers, da fundação Ashoka.
O prêmio visa a reconhecer as melhores ferramentas para que o público em geral possa fiscalizar melhor o Estado e combater a corrupção.
Outros oito projetos internacionais foram selecionados como finalistas. Ao todo, 80 projetos de 29 países se inscreveram. A premiação será decidida a partir de votação pela internet, neste endereço: http://www.changemakers.net/en-us/competition/endcorruption
Todos podem votar, até o dia 20 de junho.
Criado em 2003, o projeto Às Claras publica e analisa o financiamento de campanhas eleitorais, a partir de dados oficiais da Justiça Eleitoral. Atualmente, estão disponíveis no projeto
Por meio do projeto, é possível saber de quem os políticos receberam, o conjunto dos beneficiados por empresas e doadores individuais e o grau de sucesso de doadores em suas contribuições.
Essas informações também fazem parte dos dados incluídos no projeto Excelências, que reúne fichas completas de parlamentares a partir de informações públicas. O projeto recebeu o prêmio Esso de melhor contribuição à imprensa em 2006.
O endereço do Às Claras é http://www.asclaras.org.br
E a ciência avança
Enquanto os religiosos fundamentalistas esperneiam, os cientistas trabalham.
Três estudos publicados nesta quarta-feira pela revista científica Nature mostram que é possível transformar células normais da pele em células embrionárias, pelo menos em camundongos.
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2007/06/06/ult4477u44.jhtm
Três estudos publicados nesta quarta-feira pela revista científica Nature mostram que é possível transformar células normais da pele em células embrionárias, pelo menos em camundongos.
http://cienciaesaude.uol.com.br/ultnot/2007/06/06/ult4477u44.jhtm
Links novos
Fiz uma atualização dos links aí ao lado. Tirei uma meia dúzia de três ou quatro que não eram atualizados há muito tempo e incluí outros muito interessantes, como o blog do professor de economia de Harvard Greg Mankiw e o blog "ciencia de bolsillo" (ciência de bolso).
terça-feira, junho 05, 2007
A frouxidão nacional
Recomendo artigo do William Waack sobre o fanfarrão e falastrão candidato a ditador da América Latrina.
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