segunda-feira, março 30, 2009
Zappi
Engraçado, o blog do Zappi é um dos melhores que conheço e até agora - não sei por que - eu não tinha colocado um link pra ele aí ao lado! Está consertado o meu lapso. Corram pra lá.
sábado, março 28, 2009
As hordas verdes
Estes movimentos de massa me preocupam. As hordas quase sempre perdem a razão. E elas podem se juntar para "salvar o planeta". Daí, aquela tal da liberdade individual vai por água abaixo.
Aqui na minha vizinhança, a maioria dos apartamentos aderiu à tal "hora do planeta". OK, cada um faz o que bem entender, dentro da lei.
O problema é que eles não pensam assim. Quando deu 20h30min, o bando se juntou para constranger os que ousavam permanecer com alguma lâmpada acesa. "Apaga a luz", berravam.
É claro que não é suficiente pra me intimidar. Chamei-os de babacas e de maria-vai-com-as-outras. Os gritinhos histéricos de marmanjos continuaram por alguns minutos até cansarem.
O que me espanta, nesse comportamento de manada, é que eles não têm a mínima dúvida de que estão com toda a razão.
Mas e eu, tenho alguma dúvida? Todas. É muito provável que o atual ciclo de elevação da temperatura seja causado, em parte, por atividades humanas, mas não se sabe exatamente quanto.
O que se pode argumentar é que, pelo sim, pelo não, melhor será reduzir o consumo de recursos naturais. Mal não vai fazer.
OK, parece razoável. O problema é a histeria e o catastrofismo, que podem levar por água abaixo, inclusive, alguns direitos básicos do cidadão, como acender ou desligar as luzes quando bem entender.
E o pior é que entre os adeptos desses movimentos de turba estão aqueles que nunca se preocupam em economizar água ou energia elétrica. Tomam banho com o chuveiro ligado o tempo todo; vão de carro à padaria; dormem com a televisão ligada... Enfim, uns hipócritas.
Aqui na minha vizinhança, a maioria dos apartamentos aderiu à tal "hora do planeta". OK, cada um faz o que bem entender, dentro da lei.
O problema é que eles não pensam assim. Quando deu 20h30min, o bando se juntou para constranger os que ousavam permanecer com alguma lâmpada acesa. "Apaga a luz", berravam.
É claro que não é suficiente pra me intimidar. Chamei-os de babacas e de maria-vai-com-as-outras. Os gritinhos histéricos de marmanjos continuaram por alguns minutos até cansarem.
O que me espanta, nesse comportamento de manada, é que eles não têm a mínima dúvida de que estão com toda a razão.
Mas e eu, tenho alguma dúvida? Todas. É muito provável que o atual ciclo de elevação da temperatura seja causado, em parte, por atividades humanas, mas não se sabe exatamente quanto.
O que se pode argumentar é que, pelo sim, pelo não, melhor será reduzir o consumo de recursos naturais. Mal não vai fazer.
OK, parece razoável. O problema é a histeria e o catastrofismo, que podem levar por água abaixo, inclusive, alguns direitos básicos do cidadão, como acender ou desligar as luzes quando bem entender.
E o pior é que entre os adeptos desses movimentos de turba estão aqueles que nunca se preocupam em economizar água ou energia elétrica. Tomam banho com o chuveiro ligado o tempo todo; vão de carro à padaria; dormem com a televisão ligada... Enfim, uns hipócritas.
Dia mundial da estupidez
Vejam só este post lá do Coluna Extra. Uma jornalista portuguesa traz informação importante sobre desatinos como o tal movimento "hora do planeta", marcado para hoje, sábado.
Meu comentário lá: A estupidez humana não tem limites, e as Ongs "ambientais" são a maior prova disso. Não participo de campanhas. A Terra já esquentou e esfriou muitas vezes, antes mesmo de nós, humanos, darmos o ar de nossa graça por aqui. Mas as Ongs precisam de um discurso que lhes garanta dinheiro. São como os sindicatos. "Sindicalista" e "ongueiro" são, hoje, profissões; um modo de ganhar a vida.
Meu comentário lá: A estupidez humana não tem limites, e as Ongs "ambientais" são a maior prova disso. Não participo de campanhas. A Terra já esquentou e esfriou muitas vezes, antes mesmo de nós, humanos, darmos o ar de nossa graça por aqui. Mas as Ongs precisam de um discurso que lhes garanta dinheiro. São como os sindicatos. "Sindicalista" e "ongueiro" são, hoje, profissões; um modo de ganhar a vida.
O futuro do jornalismo - ou o jornalismo tem futuro?
DO COMUNIQUE-SE
Entusiasta dos modelos de colaboração na Internet, o jornalista e diretor da The Information Company nos EUA Pedro Augusto Costa publicou, no site InvestNews, um artigo sobre a sustentabilidade financeira da Wikipedia.
Antes, tratou de convidar usuários do site Wikimedia no Brasil, para corrigir e ajustar o texto. cerca de 30 colaboradores o ajudaram a aprimorar o conteúdo do artigo - que, em um dos trechos, afirma: a Wikipedia, reunindo conhecimento de forma prática e ágil, está tomando o lugar dos jornais.
"Todo mundo gera conteúdo e compete com você, e essa mudança está vindo de uma forma muito rápida", complementa Costa, profissional acostumado a "separar o joio do trigo" há 30 anos.
Nesse cenário onde artigos sobre ciência, economia ou tecnologia podem ficar melhores se escritos a várias mãos, em uma conversa onde leitores e espectadores participam da produção editorial, qual o papel de quem está acostumado a filtrar o que interessa? "E pra que esse profissional?", devolve Costa, questionando a necessidade do jornalista.
"Se todo mundo está convidado a ser jornalista, as pessoas ainda vão precisar de alguém que escolha suas notícias? Será que existirão repórteres daqui a cinco, seis anos? O jornalismo é uma atividade muito bonita para ficar apenas nas mãos dos jornalistas", provoca.
O debate sobre o futuro do jornalismo aumentou nas últimas semanas, coincidindo com as notícias sobre a crise nos jornais impressos, sobretudo nos EUA.
Discurso similar ao de Pedro Costa, sobre a falta de otimismo da imprensa norte-americana, tem o colunista de O Estado de S. Paulo Pedro Doria. Seu ponto de vista, que rendeu 140 manifestações em seu blog, Doria lembra que os números indicam aumento na circulação de jornais, mas por uma conjuntura econômica.
Isso quer dizer, em suas palavras, que "os grandes grupos de mídia brasileiros têm mais tempo do que os norte-americanos para enfrentar as mudanças que já estão acontecendo".
Pedro Costa lembra que, diante desse impacto, a imprensa ainda não encontrou um modelo viável para pagar seus custos. "A mídia sabia que isso aconteceria e não fez nada para mudar, não se preparou para este futuro. E ainda é impossível dizer qual a alternativa para isso", conclui.
Para Doria, três modelos estão sendo analisados: a publicidade, a existência de fundações mantenedoras e doações do público.
Autor do blog de sugestivo nome "O Jornalismo Morreu!", o professor do curso de Comunicação do Centro Universitário Una Jorge Rocha convidou jornalistas para analisar este panorama. Ao final, uma pergunta permanece sem resposta: "então, a partir daqui, para onde é que nós vamos?".
Entre tantas incertezas, a constatação de Pedro Costa é: "precisamos nos adaptar".
Entusiasta dos modelos de colaboração na Internet, o jornalista e diretor da The Information Company nos EUA Pedro Augusto Costa publicou, no site InvestNews, um artigo sobre a sustentabilidade financeira da Wikipedia.
Antes, tratou de convidar usuários do site Wikimedia no Brasil, para corrigir e ajustar o texto. cerca de 30 colaboradores o ajudaram a aprimorar o conteúdo do artigo - que, em um dos trechos, afirma: a Wikipedia, reunindo conhecimento de forma prática e ágil, está tomando o lugar dos jornais.
"Todo mundo gera conteúdo e compete com você, e essa mudança está vindo de uma forma muito rápida", complementa Costa, profissional acostumado a "separar o joio do trigo" há 30 anos.
Nesse cenário onde artigos sobre ciência, economia ou tecnologia podem ficar melhores se escritos a várias mãos, em uma conversa onde leitores e espectadores participam da produção editorial, qual o papel de quem está acostumado a filtrar o que interessa? "E pra que esse profissional?", devolve Costa, questionando a necessidade do jornalista.
"Se todo mundo está convidado a ser jornalista, as pessoas ainda vão precisar de alguém que escolha suas notícias? Será que existirão repórteres daqui a cinco, seis anos? O jornalismo é uma atividade muito bonita para ficar apenas nas mãos dos jornalistas", provoca.
O debate sobre o futuro do jornalismo aumentou nas últimas semanas, coincidindo com as notícias sobre a crise nos jornais impressos, sobretudo nos EUA.
Discurso similar ao de Pedro Costa, sobre a falta de otimismo da imprensa norte-americana, tem o colunista de O Estado de S. Paulo Pedro Doria. Seu ponto de vista, que rendeu 140 manifestações em seu blog, Doria lembra que os números indicam aumento na circulação de jornais, mas por uma conjuntura econômica.
Isso quer dizer, em suas palavras, que "os grandes grupos de mídia brasileiros têm mais tempo do que os norte-americanos para enfrentar as mudanças que já estão acontecendo".
Pedro Costa lembra que, diante desse impacto, a imprensa ainda não encontrou um modelo viável para pagar seus custos. "A mídia sabia que isso aconteceria e não fez nada para mudar, não se preparou para este futuro. E ainda é impossível dizer qual a alternativa para isso", conclui.
Para Doria, três modelos estão sendo analisados: a publicidade, a existência de fundações mantenedoras e doações do público.
Autor do blog de sugestivo nome "O Jornalismo Morreu!", o professor do curso de Comunicação do Centro Universitário Una Jorge Rocha convidou jornalistas para analisar este panorama. Ao final, uma pergunta permanece sem resposta: "então, a partir daqui, para onde é que nós vamos?".
Entre tantas incertezas, a constatação de Pedro Costa é: "precisamos nos adaptar".
Jornalista do Senado trabalhou para políticos
DO COMUNIQUE-SE
Jornalista e advogada, a diretora da Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado Federal, Elga Mara Teixeira Lopes, tem deixado a Casa para se dedicar a campanhas eleitorais.
A denúncia é da edição desta sexta-feira, do jornal O Globo. Segundo o diário, Elga, que é especialista em pesquisa de opinião, trabalhou em campanhas mas continuava recebendo os vencimentos do Senado. A jornalista conta que, quando realizou esse tipo de trabalho, estava de férias.
Levantamento feito pelo jornal junto à Diretoria de Recursos Humanos mostra que não houve registro de afastamento ou licença nos períodos em que ela fez campanhas.
Contratada em 28/02/03, nomeada pelo então presidente José Sarney (PMDB-AP) como secretária parlamentar, ela trabalhou na campanha de João Paulo (PT) à prefeitura de Recife, um ano depois. Em 2006, fez a cmapanha do senador Delcídio Amaral (PT) ao governo do Mato Grosso do Sul. Também fez a campanha pelo Amapá de Sarney e o segundo turno da campanha de Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão.
“A Elga trabalhou durante a minha campanha de 2006, mas depois foi chamada pelo Sarney para ir para o Amapá. Ela teve que ir embora porque ele estava apertado lá”, conta Delcídio.
Coordenador de rádio e TV das campanhas de Sarney e Roseana, Ricardo Soares contou que Elga atuou nas campanhas do presidente do Senado no Amapá e no segundo turno no Maranhão.
“Esteve lá o tempo inteiro e trabalhou bastante. Dizia que era contratada do Senado, de onde vinha seu pagamento, e que tinha sido levada para lá pelo Sarney”.
No ano passado, trabalhou com a equipe de Kaká Colonesi por dois meses em Manaus, na campanha do candidato a prefeito Omar Aziz (PMN). Segundo pessoas que conviveram com Elga, ela ficou por dois meses por lá.
Através do assessor de imprensa do gabinete de Sarney, Chico Mendonça, Elga avisou que apresentaria documentos provando suas férias, o que não foi feito. Disse também que é celetisa (não concursada), e que por isso não devia exclusividade ao Senado.
“Em 2006, não exerci qualquer função nas campanhas de Roseana e do senador José Sarney. Estive em São Luís por poucos dias, quando dei literalmente, palpites na análise de pesquisa de opinião da campanha da governadora de Roseana”, disse, através de Mendonça.
Estatatuto do servidor público não permite ausência em função originalO estatuto do servidor público, válido para celetistas também, diz que a prestação de serviço fora de sua função só é permitida se não prejudicar a original.
“Se ela era diretora do Senado não poderia receber de contratos particulares. Não sabia que ela tinha participado dessas campanhas e se não teve um afastamento da função, vamos examinar o caso para ver o que fazer”, disse o 1º secretário do TCU, Heráclito Forte (DEM-PI).
Se for comprovado que Elga se ausentou de suas funções no Senado sem se licenciar para atuar nas campanhas, o TCU pode entrar com ação pedindo que ela devolva os salários pagos pela Casa nesses períodos.
Elga tem mestrado em pesquisa de opinião na França. No Senado, atuou como diretora da Secretaria de Pesquisa de Opinião Pública.
Procurada pelo Comunique-se, Elga não está no departamento de Comunicação do Senado nesta sexta. Segundo colegas, só volta ao Senado na segunda-feira (30/03).
Jornalista e advogada, a diretora da Secretaria Especial de Comunicação Social do Senado Federal, Elga Mara Teixeira Lopes, tem deixado a Casa para se dedicar a campanhas eleitorais.
A denúncia é da edição desta sexta-feira, do jornal O Globo. Segundo o diário, Elga, que é especialista em pesquisa de opinião, trabalhou em campanhas mas continuava recebendo os vencimentos do Senado. A jornalista conta que, quando realizou esse tipo de trabalho, estava de férias.
Levantamento feito pelo jornal junto à Diretoria de Recursos Humanos mostra que não houve registro de afastamento ou licença nos períodos em que ela fez campanhas.
Contratada em 28/02/03, nomeada pelo então presidente José Sarney (PMDB-AP) como secretária parlamentar, ela trabalhou na campanha de João Paulo (PT) à prefeitura de Recife, um ano depois. Em 2006, fez a cmapanha do senador Delcídio Amaral (PT) ao governo do Mato Grosso do Sul. Também fez a campanha pelo Amapá de Sarney e o segundo turno da campanha de Roseana Sarney (PMDB) no Maranhão.
“A Elga trabalhou durante a minha campanha de 2006, mas depois foi chamada pelo Sarney para ir para o Amapá. Ela teve que ir embora porque ele estava apertado lá”, conta Delcídio.
Coordenador de rádio e TV das campanhas de Sarney e Roseana, Ricardo Soares contou que Elga atuou nas campanhas do presidente do Senado no Amapá e no segundo turno no Maranhão.
“Esteve lá o tempo inteiro e trabalhou bastante. Dizia que era contratada do Senado, de onde vinha seu pagamento, e que tinha sido levada para lá pelo Sarney”.
No ano passado, trabalhou com a equipe de Kaká Colonesi por dois meses em Manaus, na campanha do candidato a prefeito Omar Aziz (PMN). Segundo pessoas que conviveram com Elga, ela ficou por dois meses por lá.
Através do assessor de imprensa do gabinete de Sarney, Chico Mendonça, Elga avisou que apresentaria documentos provando suas férias, o que não foi feito. Disse também que é celetisa (não concursada), e que por isso não devia exclusividade ao Senado.
“Em 2006, não exerci qualquer função nas campanhas de Roseana e do senador José Sarney. Estive em São Luís por poucos dias, quando dei literalmente, palpites na análise de pesquisa de opinião da campanha da governadora de Roseana”, disse, através de Mendonça.
Estatatuto do servidor público não permite ausência em função originalO estatuto do servidor público, válido para celetistas também, diz que a prestação de serviço fora de sua função só é permitida se não prejudicar a original.
“Se ela era diretora do Senado não poderia receber de contratos particulares. Não sabia que ela tinha participado dessas campanhas e se não teve um afastamento da função, vamos examinar o caso para ver o que fazer”, disse o 1º secretário do TCU, Heráclito Forte (DEM-PI).
Se for comprovado que Elga se ausentou de suas funções no Senado sem se licenciar para atuar nas campanhas, o TCU pode entrar com ação pedindo que ela devolva os salários pagos pela Casa nesses períodos.
Elga tem mestrado em pesquisa de opinião na França. No Senado, atuou como diretora da Secretaria de Pesquisa de Opinião Pública.
Procurada pelo Comunique-se, Elga não está no departamento de Comunicação do Senado nesta sexta. Segundo colegas, só volta ao Senado na segunda-feira (30/03).
sexta-feira, março 27, 2009
quinta-feira, março 26, 2009
O primeiro a gente não esquece
O primeiro podcast a gente nunca esquece. O audiozinho do post anterior é apenas um teste, já que uma das tarefas da semana do curso de Web 2.0 do Knight Center é fazer e publicar um arquivo em áudio. Apanhei um pouco, mas consegui. A sensação de aprender é realmente duca.
quarta-feira, março 25, 2009
Sangue, muito sangue
Cientistas vão tentar criar sangue artificialmente a partir de células tronco.
Seria um avanço e tanto. Sangue no volume necessário para atender às necessidades dos hospitais. E ainda sem o risco de contaminação.
E ainda há quem rejeite as pesquisas com células tronco. É por isso que não tolero dogmas.
Seria um avanço e tanto. Sangue no volume necessário para atender às necessidades dos hospitais. E ainda sem o risco de contaminação.
E ainda há quem rejeite as pesquisas com células tronco. É por isso que não tolero dogmas.
terça-feira, março 24, 2009
Filosofia da Ciência - Popper
Na segunda aula, analisamos um texto de Karl Popper: o capítulo 4 (Sobre a Teoria da Mente Objetiva) de Conhecimento Objetivo. Nele, Popper apresenta sua tese dos três mundos.
Popper apresenta uma visão “pluralista” como alternativa à corrente tradicional dualista – dualidade corpo e mente. A seguir, listo os principais tópicos.
Além do mundo material e o da mente, Popper defende a tese pluralista da existência de um “terceiro mundo”. Tal como em Platão, seria algo como um “mundo das idéias”, diferente dos dois anteriores – ainda que Popper se declare um “não-platônico”.
Em resumo, haveria três mundos. O mundo material (ou dos estados materiais); o mundo mental (ou dos estados mentais); e o mundo dos inteligíveis (ou dos objetos de pensamentos possíveis). Esse terceiro mundo englobaria, por exemplo, as “teorias e suas relações lógicas”.
O principal problema desse esquema, Popper reconhece, é a relação entre esses mundos. Para ele, o primeiro se relaciona com o segundo e este com o terceiro. Ou seja, o mundo das experiências subjetivas se relaciona com ambos; é a ligação entre eles. Essa ligação não se dá de maneira direta entre o primeiro e o terceiro mundos.
O terceiro mundo, das teorias matemáticas e científicas, exerce imensa influência sobre o primeiro mundo. A tecnologia seria a expressão maior dessa influência.
Isso faz do terceiro um mundo “objetivo”. Ele contém conceitos ou noções universais, além de verdades ou proposições matemáticas.
À diferença de Platão, para quem o terceiro mundo era autônomo ou sobre-humano, e dos filósofos que rejeitaram a existência do terceiro mundo por entenderem que a linguagem é produto do homem e, portanto, do segundo mundo, Popper caracteriza o terceiro mundo como sendo tanto autônomo quanto produto da atividade humana. Transcende seus criadores e interfere na realidade.
A partir disso, Popper pretende abordar a “teoria da compreensão”, que considera “o problema central das humanidades”. O processo de compreensão deve ser entendido como diferente de seu resultado (interpretação). A interpretação será uma teoria e, portanto, pertencerá ao terceiro mundo. “A atividade de compreensão consiste, essencialmente, em operar com objetos de terceiro mundo.”
O esquema de Popper para a atividade de compreensão consiste em: P1 → TE → EE → P2; onde P1 é problema de partida; TE é a teoria experimental inicial (conjectura); EE é a eliminação de erro; e P2 é o resultado da tentativa crítica de solucionar o problema.
Uma compreensão satisfatória será alcançada se a interpretação, a teoria conjectural, encontrar apoio no fato que esperávamos. A relação entre uma solução e um problema é uma relação lógica (do terceiro mundo).
Em resumo, sua tese central é: qualquer análise intelectualmente significativa da atividade de compreender tem de analisar nossa manipulação de unidades estruturais e instrumentos de terceiro mundo. Quando reconhece a autonomia do terceiro mundo, Popper não deixa espaço para relativismos. O conhecimento (terceiro mundo) é objetivo e transcende o nível pessoal, até mesmo de seus criadores. Ou seja, a ciência é universal; não depende da minha ou da sua vontade; nem de lugar (vale aqui, na China ou na Índia).
Popper apresenta uma visão “pluralista” como alternativa à corrente tradicional dualista – dualidade corpo e mente. A seguir, listo os principais tópicos.
Além do mundo material e o da mente, Popper defende a tese pluralista da existência de um “terceiro mundo”. Tal como em Platão, seria algo como um “mundo das idéias”, diferente dos dois anteriores – ainda que Popper se declare um “não-platônico”.
Em resumo, haveria três mundos. O mundo material (ou dos estados materiais); o mundo mental (ou dos estados mentais); e o mundo dos inteligíveis (ou dos objetos de pensamentos possíveis). Esse terceiro mundo englobaria, por exemplo, as “teorias e suas relações lógicas”.
O principal problema desse esquema, Popper reconhece, é a relação entre esses mundos. Para ele, o primeiro se relaciona com o segundo e este com o terceiro. Ou seja, o mundo das experiências subjetivas se relaciona com ambos; é a ligação entre eles. Essa ligação não se dá de maneira direta entre o primeiro e o terceiro mundos.
O terceiro mundo, das teorias matemáticas e científicas, exerce imensa influência sobre o primeiro mundo. A tecnologia seria a expressão maior dessa influência.
Isso faz do terceiro um mundo “objetivo”. Ele contém conceitos ou noções universais, além de verdades ou proposições matemáticas.
À diferença de Platão, para quem o terceiro mundo era autônomo ou sobre-humano, e dos filósofos que rejeitaram a existência do terceiro mundo por entenderem que a linguagem é produto do homem e, portanto, do segundo mundo, Popper caracteriza o terceiro mundo como sendo tanto autônomo quanto produto da atividade humana. Transcende seus criadores e interfere na realidade.
A partir disso, Popper pretende abordar a “teoria da compreensão”, que considera “o problema central das humanidades”. O processo de compreensão deve ser entendido como diferente de seu resultado (interpretação). A interpretação será uma teoria e, portanto, pertencerá ao terceiro mundo. “A atividade de compreensão consiste, essencialmente, em operar com objetos de terceiro mundo.”
O esquema de Popper para a atividade de compreensão consiste em: P1 → TE → EE → P2; onde P1 é problema de partida; TE é a teoria experimental inicial (conjectura); EE é a eliminação de erro; e P2 é o resultado da tentativa crítica de solucionar o problema.
Uma compreensão satisfatória será alcançada se a interpretação, a teoria conjectural, encontrar apoio no fato que esperávamos. A relação entre uma solução e um problema é uma relação lógica (do terceiro mundo).
Em resumo, sua tese central é: qualquer análise intelectualmente significativa da atividade de compreender tem de analisar nossa manipulação de unidades estruturais e instrumentos de terceiro mundo. Quando reconhece a autonomia do terceiro mundo, Popper não deixa espaço para relativismos. O conhecimento (terceiro mundo) é objetivo e transcende o nível pessoal, até mesmo de seus criadores. Ou seja, a ciência é universal; não depende da minha ou da sua vontade; nem de lugar (vale aqui, na China ou na Índia).
Meu outro blog temporário
No curso de Web 2.0 do Knight Center, cada aluno tem um blog no qual publica as tarefas de cada módulo. O meu é este aqui. Depois, vou colocar lá os links para os blogs dos colegas.
O curso é muito legal. A interação com colegas de todos os cantos do país e as orientações do Castilho são enriquecedoras.
Nesta semana, vamos ver como lidar com imagem, áudio e vídeo nos blogs. Vou fazer meu primeiro podcast.
O curso é muito legal. A interação com colegas de todos os cantos do país e as orientações do Castilho são enriquecedoras.
Nesta semana, vamos ver como lidar com imagem, áudio e vídeo nos blogs. Vou fazer meu primeiro podcast.
quinta-feira, março 19, 2009
Filosofia da Ciência - aula 1
Não sei se mencionei aqui que estou cursando filosofia da ciência, no programa de pós-graduação em Filosofia, da UFSC, como aluno especial (não sou aluno regular do programa). Pois bem, neste semestre, vamos estudar o problema da validade do conhecimento científico. Entre os autores, alguns que eu já conheço, como Popper e Bunge, mas outros completamente novos, como M. Pera, B. Fay, J. Ravetz e Knorr-Cetina.
Mas como é mesmo este negócio de "validade do conhecimento científico"? Na primeira aula, o professor Alberto Cupani deu um exercício esclarecedor. Das proposições seguintes, quais você diria que são válidas (para não usarmos a palavra "verdadeiras")? Ou melhor, em que grau cada uma pode ser considerada válida?
1. "47+28=75"
2. "Os corpos se atraem com uma força diretamente proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da sua distância" (lei da gravitação universal; tem formulação matemática)
3. "H20 é a fórmula da molécula da água."
4. "Júpiter tem quatro satélites."
5. Teoria da evolução das espécies pela seleção natural.
6. "A moral tem como função garantir a coesão social."
7. "A revolução francesa se deveu principalmente à pressão econômico-política da burguesia."
8. "Os sonhos e atos falhos manifestam problemas inconscientes."
Perceberam como o recurso pedagógico do professor Cupani funciona para responder à pergunta? Achei muito bom.
PS. Vou fazer aqui o que não consegui fazer nos cursos de lógica que fiz no ano passado. Dar umas pinceladas do que acontece nas aulas.
Mas como é mesmo este negócio de "validade do conhecimento científico"? Na primeira aula, o professor Alberto Cupani deu um exercício esclarecedor. Das proposições seguintes, quais você diria que são válidas (para não usarmos a palavra "verdadeiras")? Ou melhor, em que grau cada uma pode ser considerada válida?
1. "47+28=75"
2. "Os corpos se atraem com uma força diretamente proporcional ao produto das suas massas e inversamente proporcional ao quadrado da sua distância" (lei da gravitação universal; tem formulação matemática)
3. "H20 é a fórmula da molécula da água."
4. "Júpiter tem quatro satélites."
5. Teoria da evolução das espécies pela seleção natural.
6. "A moral tem como função garantir a coesão social."
7. "A revolução francesa se deveu principalmente à pressão econômico-política da burguesia."
8. "Os sonhos e atos falhos manifestam problemas inconscientes."
Perceberam como o recurso pedagógico do professor Cupani funciona para responder à pergunta? Achei muito bom.
PS. Vou fazer aqui o que não consegui fazer nos cursos de lógica que fiz no ano passado. Dar umas pinceladas do que acontece nas aulas.
Coisa da antiga
Bota na antiga nisso! Essa eu ouvia nas fitas cassetes que meu pai tinha sempre no carro.
quarta-feira, março 18, 2009
terça-feira, março 17, 2009
Poor guys
Matéria da CBC mostra quanto os ricaços perderam com a crise econômica (no link, vá para página 4). Que tal um "bolsa caviar"?
sábado, março 07, 2009
Jornalismo na Web 2.0
Fui selecionado para um curso online à distância de Introdução ao Jornalismo na Web 2.0: Oportunidades e Desafios na Era Digital, do Knight Center for Journalism in the Americas, da Universidade do Texas. 320 inscritos para 50 vagas.
Como vocês podem ver abaixo, o curso é introdutório e parece bem interessante.
Módulo I - Capitulos 1 (Sopa de Letras), 2 (Web 2.0) e 3 (ferramentas e brinquedos)
a) Apresentação do curso enfatizando cultura digital e alertando que não é um curso sobre tecnologia.
b) Nunca foi tão interessante fazer jornalismo como agora, graças à ferramentas digitais;
c) Onipresença da noticia e desafios colocados aos jornalistas e interessados na informação;
d) Querendo ou não, os jornalistas estão entrando na era digital porque as empresas não tem outra opção para sobreviver
e) O curso vai acompanhar os alunos na exploração da cultural digital num ambiente jornalístico;
f) Apresentação siglas e sopa de letras. Explicação bits, bytes, URL, IP, RSS, FTP, IM e outros
g) Como funciona a Web – Navegadores, memórias,
h) Web 2.0 – Google, Wikipedia, MySpace, Del-icio-us, e Flicr.
i) Jornalismo em rede: OhmyNews, Newswine, Newstrust, NowPublic, Reddit, Digg, Slashdot.
j) Tags e a folksomania
k) Jornalismo móvel (MOJO)
l) Gadgets do jornalismo móvel – pen drive, telefones celulares tipo Treo, iPods,
m) Wifi, Wireless e computadores ultra portáteis (Asus EEE e Everex)
n) Exercicios
Módulo II – Capítulos 4 (Reportgem), 5 (Blog) e 6 (Reportagem em vídeo);
a) Novos sistemas de reportagem online
b) Buscas online tutorial e dicas
c) CAR (Cumputer Assisted Reporting), bancos de dados e planilhas
d) Jornalismo colaborativo e participação dos usuários (Crowdsourcing)
e) Código Aberto na informação
f) Como montar, administrar e divulgar um blog
g) Tipos de Blogs – exemplos em português e comentarios
h) Relacionamento com visitantes
i) Fotos, áudios e vídeos em blogs – exemplos em português
j) Reportagem em ambiente online – principais características
k) Reportagem multimídia - dar exemplos e links
l) Notícia em tempo real – dar exemplos e links
m) Geo-notícias via Google Maps – exemplos
n) Exercicios
Módulo III – Capítulos 7 (Podcast), 8 (fotos) e 9 (Vídeos);
a) Como montar, administrar e divulgar um podcast noticioso
b) Exemplos de podcasts – links brasileiros e portugueses
c) Fotografia digital – principios básicos
d) Fotografia digital - edição / Photoshop e Irfanview
e) Fotologs – como montar e exemplos
f) Slideshows – dicas sobre como fazer e exemplos
g) Mesh ups – conceito, polemica e exemplos
h) Vídeos online – princípios básicos / produção / exibição
i) YouTube e WebTvs
j) Exercícios
Módulo IV – Capítulos 10 (Edição), 11 (Roteiro) e Epílogo
a) Vídeo Digital – edição e pós-produção
b) Vídeo Digital – Publicação / dicas e exemplos
c) Multimídia em jornalismo na Web
d) Roteiros para notícias online – técnicas e produção
e) Roteiros e hiperlinks
f) Narrativas não lineares
g) Entrevistas online – gravadas e em tempo real
h) Stand ups
i) Empreendedorismo jornalístico online – Teoria da Cauda Longa (nichos informativos) / novas funções dos jornalistas (coaching e tutoriais) – novas rotinas e valores na produção de informações online.
j) Daily Me / Jornalismo comunitário /
k) Exercício e trabalho de conclusão do curso
l) Encerramento
Como vocês podem ver abaixo, o curso é introdutório e parece bem interessante.
Módulo I - Capitulos 1 (Sopa de Letras), 2 (Web 2.0) e 3 (ferramentas e brinquedos)
a) Apresentação do curso enfatizando cultura digital e alertando que não é um curso sobre tecnologia.
b) Nunca foi tão interessante fazer jornalismo como agora, graças à ferramentas digitais;
c) Onipresença da noticia e desafios colocados aos jornalistas e interessados na informação;
d) Querendo ou não, os jornalistas estão entrando na era digital porque as empresas não tem outra opção para sobreviver
e) O curso vai acompanhar os alunos na exploração da cultural digital num ambiente jornalístico;
f) Apresentação siglas e sopa de letras. Explicação bits, bytes, URL, IP, RSS, FTP, IM e outros
g) Como funciona a Web – Navegadores, memórias,
h) Web 2.0 – Google, Wikipedia, MySpace, Del-icio-us, e Flicr.
i) Jornalismo em rede: OhmyNews, Newswine, Newstrust, NowPublic, Reddit, Digg, Slashdot.
j) Tags e a folksomania
k) Jornalismo móvel (MOJO)
l) Gadgets do jornalismo móvel – pen drive, telefones celulares tipo Treo, iPods,
m) Wifi, Wireless e computadores ultra portáteis (Asus EEE e Everex)
n) Exercicios
Módulo II – Capítulos 4 (Reportgem), 5 (Blog) e 6 (Reportagem em vídeo);
a) Novos sistemas de reportagem online
b) Buscas online tutorial e dicas
c) CAR (Cumputer Assisted Reporting), bancos de dados e planilhas
d) Jornalismo colaborativo e participação dos usuários (Crowdsourcing)
e) Código Aberto na informação
f) Como montar, administrar e divulgar um blog
g) Tipos de Blogs – exemplos em português e comentarios
h) Relacionamento com visitantes
i) Fotos, áudios e vídeos em blogs – exemplos em português
j) Reportagem em ambiente online – principais características
k) Reportagem multimídia - dar exemplos e links
l) Notícia em tempo real – dar exemplos e links
m) Geo-notícias via Google Maps – exemplos
n) Exercicios
Módulo III – Capítulos 7 (Podcast), 8 (fotos) e 9 (Vídeos);
a) Como montar, administrar e divulgar um podcast noticioso
b) Exemplos de podcasts – links brasileiros e portugueses
c) Fotografia digital – principios básicos
d) Fotografia digital - edição / Photoshop e Irfanview
e) Fotologs – como montar e exemplos
f) Slideshows – dicas sobre como fazer e exemplos
g) Mesh ups – conceito, polemica e exemplos
h) Vídeos online – princípios básicos / produção / exibição
i) YouTube e WebTvs
j) Exercícios
Módulo IV – Capítulos 10 (Edição), 11 (Roteiro) e Epílogo
a) Vídeo Digital – edição e pós-produção
b) Vídeo Digital – Publicação / dicas e exemplos
c) Multimídia em jornalismo na Web
d) Roteiros para notícias online – técnicas e produção
e) Roteiros e hiperlinks
f) Narrativas não lineares
g) Entrevistas online – gravadas e em tempo real
h) Stand ups
i) Empreendedorismo jornalístico online – Teoria da Cauda Longa (nichos informativos) / novas funções dos jornalistas (coaching e tutoriais) – novas rotinas e valores na produção de informações online.
j) Daily Me / Jornalismo comunitário /
k) Exercício e trabalho de conclusão do curso
l) Encerramento
sexta-feira, março 06, 2009
Igreja medieval
A igreja católica não se cansa de dar provas de que parou lá na Idade Média. O arcebispo de Olinda e Recife excomungou a equipe médica que fez o aborto na menina de nove anos que fora estuprada pelo padrasto, assim como os parentes dela. Já o estuprador não está sujeito à excomunhão, como diz o tal arcebispo nesta matéria. Eu até poderia me alongar aqui em analisar o caso, como já fizeram muito bem Arnaldo Jabor e Luiz Carlos Prates (no vídeo). Limito-me a um desabafo: arcebispo safado! Sorte dele é que não há inferno, porque arderia por lá pela eternidade.
Depois a igreja católica não sabe porque perde fieis a cada dia. De um lado, os safados da teologia da libertação; padrecos vermelhinhos, presos no século XX. De outro, os igualmente retrógrados, presos na Idade Média, cujo representante máximo é o papa Bento XVI.
PS. E os esquerdóides ainda dizem que o Prates é "conservador". Talvez porque considere mais os fatos e a ciência em lugar da ideologia.
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