Há pouco vi no Jornal Nacional a notícia da pesquisa do professor Danilo Pena, da UFMG, que põe por terra a noção de "raças" humanas. O professor Tambosi também já havia tratado do assunto.
Deixo aqui a sugestão de leitura dos textos do professor Pena, na revista Ciência Hoje. Imperdível.
terça-feira, maio 29, 2007
quarta-feira, maio 23, 2007
Cumpram a lei
Pronto, agora não falta mais nada. Em vez de trabalharem para restaurar a normalidade na USP, os professores agora decidiram seguir a delinqüência juvenil: entraram em greve. Mas e a decisão judicial de reintegração de posse da reitoria saqueada pelos revolucionários mauricinhos classe média? De nada vale. Ninguém segue a Justiça "neffepaiff".
Por que se rebelaram os agressores almofadinhas? Porque não querem ver as contas da universidade publicadas. Claro, estão acima da lei. E mais: querem a extensão do prazo de jubilamento. Para quê? Para ficarem mais tempo fazendo nada às nossas custas.
A reitoria negociou até a última segunda-feira uma solução pacífica para o caso. Depois não venham reclamar de excessos. Se excessos houve, foi de tolerância.
Sugiro a leitura da análise feita pelo professor Tambosi. Entre os agressores, só dá ECA e FFLCH. Sintomático. Como diz o Tambosi, é o paraíso das ideologias.
Por que se rebelaram os agressores almofadinhas? Porque não querem ver as contas da universidade publicadas. Claro, estão acima da lei. E mais: querem a extensão do prazo de jubilamento. Para quê? Para ficarem mais tempo fazendo nada às nossas custas.
A reitoria negociou até a última segunda-feira uma solução pacífica para o caso. Depois não venham reclamar de excessos. Se excessos houve, foi de tolerância.
Sugiro a leitura da análise feita pelo professor Tambosi. Entre os agressores, só dá ECA e FFLCH. Sintomático. Como diz o Tambosi, é o paraíso das ideologias.
segunda-feira, maio 21, 2007
Jaguaribe 8.3
O sociológo Hélio Jaguaribe teve participação destacada na fundação do PSDB; foi um dos seus ideólogos. Agora, aos 83 anos, critica a (falta de) postura dos tucanos e não poupa o governo Lula. Mesmo que se discorde dele, vale a pena ler a entrevista concedida à revista BrHistória.
domingo, maio 20, 2007
Um pouco de história da ciência
Atendendo ao pedido do Marcelo, vamos atualizar esta porcaria, então /:^>
E em alto nível. Chupando da Folha, pra variar. Quer dizer, do El País.
De Lola Galán
Em Madri, Espanha
A história ainda não se pronunciou sobre Ioannes Myronas. Foi um destrutor da cultura clássica, ou contribuiu para preservá-la, inadvertidamente? Myronas, conhecido só pelos eruditos, foi um monge bizantino autor de um livro de orações -que concluiu em 14 de abril de 1229- confeccionado a partir de vários códices, entre eles o que continha sete tratados de Arquimedes. Mas esse palimpsesto [pergaminho reutilizado], batizado com o nome do cientista grego, guardava outras duas jóias: discursos desconhecidos de Hipérides, um dos grandes oradores gregos, que viveu no século 4º a.C., e um comentário às 'Categorias' de Aristóteles, o pai da filosofia, descoberto graças às últimas técnicas de fotografia digital.
Primeiro foi a ciência, depois a política, finalmente a filosofia. Não é a ordem de criação disposta por alguma deidade caprichosa, mas a seqüência de descobertas que fizeram do chamado Palimpsesto de Arquimedes, submetido a exaustiva análise nos EUA, mais que um manuscrito, uma minibiblioteca clássica ambulante.
No século 13, o presbítero bizantino Ioannes Myronas reciclou, para criar seu breviário, nada menos que quatro códices, tirados de uma biblioteca bem abastecida. Pouco se sabe desse monge, exceto que se aplicou com rigor à tarefa de desmontar de seus bastidores de madeira os fólios do pergaminho e a apagar com ácido as letras minúsculas, do grego clássico. Menos ainda se sabe sobre o escriba cujo trabalho destruía.
A totalidade do saber acumulado na Grécia clássica foi transmitida para o mundo graças a copistas desconhecidos. Mas sua tarefa foi minada pelas vicissitudes da história. O homem que copiou os argumentos de Arquimedes (287-212 a.C.), as sentenças dos discursos de Hipérides (389-322 a.C.) e as reflexões de Alexandre de Afrodísias (cerca de 200 a.C.) a propósito de uma obra essencial de Aristóteles teve um êxito desigual. Nem mesmo sabemos se foi uma única pessoa. Mas sua tarefa exigiu longas horas e numerosas folhas de pergaminho, elaborado a partir da pele de pelo menos 24 ovelhas. (assinante lê tudo aqui)
E em alto nível. Chupando da Folha, pra variar. Quer dizer, do El País.
De Lola Galán
Em Madri, Espanha
A história ainda não se pronunciou sobre Ioannes Myronas. Foi um destrutor da cultura clássica, ou contribuiu para preservá-la, inadvertidamente? Myronas, conhecido só pelos eruditos, foi um monge bizantino autor de um livro de orações -que concluiu em 14 de abril de 1229- confeccionado a partir de vários códices, entre eles o que continha sete tratados de Arquimedes. Mas esse palimpsesto [pergaminho reutilizado], batizado com o nome do cientista grego, guardava outras duas jóias: discursos desconhecidos de Hipérides, um dos grandes oradores gregos, que viveu no século 4º a.C., e um comentário às 'Categorias' de Aristóteles, o pai da filosofia, descoberto graças às últimas técnicas de fotografia digital.
Primeiro foi a ciência, depois a política, finalmente a filosofia. Não é a ordem de criação disposta por alguma deidade caprichosa, mas a seqüência de descobertas que fizeram do chamado Palimpsesto de Arquimedes, submetido a exaustiva análise nos EUA, mais que um manuscrito, uma minibiblioteca clássica ambulante.
No século 13, o presbítero bizantino Ioannes Myronas reciclou, para criar seu breviário, nada menos que quatro códices, tirados de uma biblioteca bem abastecida. Pouco se sabe desse monge, exceto que se aplicou com rigor à tarefa de desmontar de seus bastidores de madeira os fólios do pergaminho e a apagar com ácido as letras minúsculas, do grego clássico. Menos ainda se sabe sobre o escriba cujo trabalho destruía.
A totalidade do saber acumulado na Grécia clássica foi transmitida para o mundo graças a copistas desconhecidos. Mas sua tarefa foi minada pelas vicissitudes da história. O homem que copiou os argumentos de Arquimedes (287-212 a.C.), as sentenças dos discursos de Hipérides (389-322 a.C.) e as reflexões de Alexandre de Afrodísias (cerca de 200 a.C.) a propósito de uma obra essencial de Aristóteles teve um êxito desigual. Nem mesmo sabemos se foi uma única pessoa. Mas sua tarefa exigiu longas horas e numerosas folhas de pergaminho, elaborado a partir da pele de pelo menos 24 ovelhas. (assinante lê tudo aqui)
sexta-feira, maio 11, 2007
Até que enfim
Ô, friozinho bom! Já estava com saudade. Mas hoje o tempo tá maluco. Já choveu e abriu sol umas três vezes. Espero que a chuva pare e fique só o frio. Tenho que começar a me acostumar. Se tudo der certo, devo enfrentar invernos bem mais rigorosos.
terça-feira, maio 08, 2007
Cadeia neles!
Desculpem-me pela ausência, mas estive um tanto ocupado nos últimos dias. A blogosfera, inclusive, esteve em polvorosas com o meu sumiço.
Pois bem, volto falando do que todo mundo já sabe: a tal da Operação Moeda Verde, da Polícia Federal, em Florianópolis. Algumas pessoas estranharam a operação e vieram com aquela história de que é um circo, que é a "polícia do Lula" atrás dos poderosos de SC. Bobagem. Deve haver indícios fortíssimos para a PF botar no xilindró meia dúzia de magnatas locais, funcionários públicos e políticos (o cabeça do esquema seria o vereador Juarez Silveira).
Não se pode tergiversar: há crime, prenda-se. O estado de direito deve prevalecer; a lei deve ser cumprida. Eles que se defendam. E vão contratar bons advogados e, em pouco tempo, estarão todos passeando em suas lanchas na Lagoa da Conceição.
Agora, uma coisa que se pode discutir é justamente a nossa legislação ambiental e a aplicação dela. Parece que é feita para os espertalhões levar grana a cada prédio construído. Em Floripa, então... Mas é assim em todo o país. Tem projeto impedido de ir adiante porque vai desalojar meia dúzia de quero-queros - ou outra ave - que tinham ninhos nas redondezas.
Acho que falta bom senso. No caso das empresas depapel e celulose, por exemplo, eles resolvem a agressão" ao ambiente ao preservar 30% da área commata nativa. Acho que o negócio tem que ser "flexibilizado" , comodizem por aí. Pode parecer um contrasenso, mas sóassim os empreendimentos vão seguir padrões mínimos dedano ambiental.
Em Floripa, não se pode construir marina. Dêem uma olhada em cidades como Mônaco (tá certo, é um país), Vancouver, Toronto (há fotos na internet), etc, pra ver como é por lá. Tem marina por todo canto.
Aqui ainda tem aquela coisade que não se pode mexer em nada. Daí, molha-se a mãode meia dúzia de vereadores e funcionários públicos etudo passa. Os empresários e investidores sérios ficam de fora. Nenhum estrangeiro vai fazer um grande campode golfe por aqui tendo que subornar vereador picareta. Temos uma mentalidade anticapitalista que só estimula a picaretagem.
Pois bem, volto falando do que todo mundo já sabe: a tal da Operação Moeda Verde, da Polícia Federal, em Florianópolis. Algumas pessoas estranharam a operação e vieram com aquela história de que é um circo, que é a "polícia do Lula" atrás dos poderosos de SC. Bobagem. Deve haver indícios fortíssimos para a PF botar no xilindró meia dúzia de magnatas locais, funcionários públicos e políticos (o cabeça do esquema seria o vereador Juarez Silveira).
Não se pode tergiversar: há crime, prenda-se. O estado de direito deve prevalecer; a lei deve ser cumprida. Eles que se defendam. E vão contratar bons advogados e, em pouco tempo, estarão todos passeando em suas lanchas na Lagoa da Conceição.
Agora, uma coisa que se pode discutir é justamente a nossa legislação ambiental e a aplicação dela. Parece que é feita para os espertalhões levar grana a cada prédio construído. Em Floripa, então... Mas é assim em todo o país. Tem projeto impedido de ir adiante porque vai desalojar meia dúzia de quero-queros - ou outra ave - que tinham ninhos nas redondezas.
Acho que falta bom senso. No caso das empresas depapel e celulose, por exemplo, eles resolvem a agressão" ao ambiente ao preservar 30% da área commata nativa. Acho que o negócio tem que ser "flexibilizado" , comodizem por aí. Pode parecer um contrasenso, mas sóassim os empreendimentos vão seguir padrões mínimos dedano ambiental.
Em Floripa, não se pode construir marina. Dêem uma olhada em cidades como Mônaco (tá certo, é um país), Vancouver, Toronto (há fotos na internet), etc, pra ver como é por lá. Tem marina por todo canto.
Aqui ainda tem aquela coisade que não se pode mexer em nada. Daí, molha-se a mãode meia dúzia de vereadores e funcionários públicos etudo passa. Os empresários e investidores sérios ficam de fora. Nenhum estrangeiro vai fazer um grande campode golfe por aqui tendo que subornar vereador picareta. Temos uma mentalidade anticapitalista que só estimula a picaretagem.
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