Uma semana depois da tragédia, algumas coisas estão bem claras - e mostram quão indigentes são nossas autoridades federais.
1. A pista de Congonhas sempre foi inadequada para aviões de grande porte.
2. A pista principal foi liberada antes de completada a reforma por pressão das empresas aéreas.
3. Anac e Infraero cederam às pressões.
4. A pista não poderia funcionar em dias de chuva.
5. Mesmo assim a Tam colocou para pousar lá um avião com defeito no sistema de frenagem.
6. Uma hora antes do pouso fatídico, uma dupla de "experts" da Infraero fez uma inspeção e liberou a pista para pousos. Detalhe: a inspeção foi "visual", ou seja, os caras só olharam para a pista e pronto. Deviam ter olho biônico para detectar se a lâmina d´água era inferior a 3 mm (pouco mais do que a espessura de uma moeda de 50 centavos).
7. A pista de Congonhas começa a desmoronar.
8. Enquanto tudo isso acontece e 200 pessoas perdem a vida num aeroporto superlotado, os aeroportos de Vira Copos (Campinas) e Confins (Belo Horizonte) operam abaixo de suas capacidades. Ambas ficam longe de áreas urbanas, têm pistas muito maiores do que a de Congonhas e áreas de escape.
9. Por pressão das empresas, Infraero e Anac não foram capazes de deslocar os vôos de Congonhas - nem mesmo com os problemas gerados depois do acidente com o Boeing da Gol, no ano passado.
10. A culpa é do governo, sem dúvida. Não fiscaliza e cede às pressões das companhias, não planeja o funcionamento do sistema aéreo, não zela pela seguranças das pessoas. Inepto - para não dizer assassino. E ainda passam a vergonha de confundir uma sucata com a caixa preta do avião.
Um comentário:
E agora, pra ajudar, Nelson Jobim, ladrão de sino e contrabandista de artigos da constituição federal é o novo ministro da Defesa. Deus nos defenda!
Marcelo Santos
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