quarta-feira, julho 18, 2007

Que tristeza!

É difícil não se emocionar com esta tragédia toda. Ontem, uma mãe desesperada chorava a morte dos dois filhos adolescentes, jogado no chão do aeroporto de Congonhas. Um outro garoto conseguiu falar com a mãe pelo celular e certificou-se de que ela não tomara aquele vôo. Alívio.

Hoje, a Infraero abriu Congonhas com restrições para aviões grandes e pesados. Ou seja, esperaram morrer mais 200 pessoas para fazer o que o bom senso exigia há muito tempo!! E liberaram a pista sem as ranhuras (grooving) que escoam a água da chuva e impede a aquaplanagem!! Não há outro nome: isso é assassinato.

Ontem à noite, no aeroporto Salgado Filho, de Porto Alegre, um homem resumia a indignação da nação. Mais ou menos assim: "Ninguém faz nada. As pessoas estão reagindo como se isso fosse normal." É isso mesmo. A impressão da gente é que ninguém pode nos livrar destes incompetentes e corruptos que nos desgovernam.

Como diz o Cláudio Shikida, do De Gustibus, agora vão vir com aquela lenga-lenga de que a consternação é porque o problema afeta a classe média, ou porque o presidente é operário. Enfim, o velho discurso petóide que, neste caso, se reveste de conivência com um crime; não 171, como nós já estamos acostumados a ver, mas assassinato.

Quando será o próximo?

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