Andam dizendo por aí que criticar o STF é golpear a democracia. Que criticar o Judiciário não se pode, já que o Executivo é pior, porque lá está Lula, etc., etc., etc. Como se uma coisa excluísse a outra. Um primor de lógica.
De minha parte, pelo menos, não é. Odeio ditaduras. E o Judiciário é um dos poderes da República. Deve, pois, ser preservado.
Isso não quer dizer que não possa ser criticado. A minha crítica é para fortalecê-lo. Explico. Essa bagunça toda deve servir para que os critérios de constituição do STF - como de todos os outros tribunais - sejam revistos. Cada presidente da República se apressa em nomear o maior número possível de ministros. Quer, claro, ter homens de confiança na mais alta corte do país. Não esqueçam: Nelson Jobim já a presidiu!
Agora, coisa bem diferente é o que o Psol quer fazer: que os ministros do STF ouçam o "clamor popular" e revejam o habeas corpus concedido a Daniel Dantas. Ora, decisão judicial deve seguir a lei, não esse tal de "clamor popular". Mas o que esperar dessas viúvas do que um dia se chamou "socialismo" - que, na verdade, deu foi em ditadura.
Podemos criticar a forma como o tribunal é formado, sim, mas nunca desobedecer às suas decisões. Gilmar Mendes mandou soltá-lo? Pois solto deve ficar.
Tudo isso é mera opinião minha. Os fatos são muito mais interessantes. E eles estão aqui. E mostram que a celeridade com que tiraram Dantas da prisão é exceção na corte onde manda Mendes e já mandou Jobim, o homem que estuprou a Constituição.
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