Vejam como são democratas os petralhas. Um absurdo!
Da Folha online:
Militantes do PT agrediram verbalmente hoje jornalistas que cobriram a chegada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Base Aérea de Brasília. Na chegada ao Palácio do Alvorada, os militantes voltaram a xingar os jornalistas. Um deles usou o mastro da bandeira do PT para tentar bater num repórter.À tarde, após coletiva do presidente-interino do PT, Marco Aurélio Garcia, um militante voltou a xingar os jornalistas.Garcia condenou a atitude da militância. "Se houve qualquer manifestação de intolerância, tem a nossa condenação muito clara. Todos sabem que muitas vezes divergimos sobre o comportamento da imprensa. Mas nunca a ponto de negar o papel que ela tem."No entanto, ele disse que a imprensa também deveria fazer uma "auto-reflexão" sobre sua atuação durante a campanha eleitoral.
Ah, e um diretor da Fenaj teria justificado que "os jornalistas provocam"! Esta minha "catchiguria"...
Será que isso nos dá uma idéia do que nos espera nos próximos quatro anos?
terça-feira, outubro 31, 2006
sábado, outubro 28, 2006
Lula desmascarado
Pronto; está aqui. Mais um mito do governo Lula cai por terra. Apesar de alardear que "nuncaantesneztepaiz" se investiu tanto no social, o professor Marcio Pochmann, da Unicamp, mostra que os gastos sociais de Lula são inferiores aos de FHC! O Marcio, com quem tive o prazer de trabalhar, faz diferença entre gasto social e gasto com assistência social. Para nós, leigos, é tudo a mesma coisa, mas para um profissional sério como ele, não.
Marcio é o tipo de pessoa de quem você até pode discordar, mas a quem nunca poderá acusar de falsear a realidade. Como secretário, foi a reserva moral do governo de Marta Suplicy, em São Paulo. Grande Marcio!
Marcio é o tipo de pessoa de quem você até pode discordar, mas a quem nunca poderá acusar de falsear a realidade. Como secretário, foi a reserva moral do governo de Marta Suplicy, em São Paulo. Grande Marcio!
quarta-feira, outubro 25, 2006
E agora?
E falando em racismo... a foto ao lado (da EFE) põe por terra a estultice de que a cor da pele da gente denota raças diferentes. Tão diferentes que nasceram dois gêmeos, um negro e outro branco. Ambos muito fofos, né não?
Resta dizer, meu caros, que a idiotice não tem cor, não. Há idiotas brancos, negros, amarelos, vermelhos, rosas com bolinhas verdes... O que parece claro é que ONGs e outros picaretas se esmeram em disseminar a cizânia. Afinal, se não for assim, vão perder a razão de existir.
Conseguiram
Pronto. Eles conseguiram. Vejam no que dá esta história de cotas que levam em conta a cor da pele das pessoas. Um bando de idiotas se acha no direito de xingar os negros porque estariam tomando seus lugares nas escolas. Tanto os idiotas negros quanto os brancos incorrem no mesmo erro: o conceito de "raça" não se sustenta cientificamente. Somos todos iguais, portanto, como já declara nossa Constituição.
Da Folha de hoje:
KLEBER TOMAZDA
REPORTAGEM LOCAL
Três homens foram presos na madrugada de ontem colando panfletos racistas com críticas ao programa de cotas de vagas para afrodescendentes nas universidades públicas. O grupo foi flagrado com o material nas imediações da Vila Mariana, zona sul de São Paulo, próximo a uma universidade.
Os três foram indiciados sob a acusação de crime de racismo - incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional. O crime é inafiançável e a pena é de 1 a 3 anos de prisão.
Os cartazes, que foram impressos do site do grupo White Power (Poder Branco) São Paulo, diziam: "Vestibulando branco. Hoje eles roubam sua vaga nas universidades públicas. E chamam isso de direitos iguais. Se você não agir agora, quem nos garante que eles não roubarão vagas nos concursos públicos? Devemos assegurar a existência de nossa raça e futuro de nossas crianças brancas". Também simula uma prova de vestibular feita por um negro com respostas com erros grosseiros e o carimbo de "aprovado".
O White Power São Paulo, que é investigado pelo Ministério Público desde 2004, se diz "nacional-socialista", prega a valorização da raça branca, a intolerância contra negros, judeus, nordestinos, imigrantes ilegais e homossexuais.
Os presos são: o autônomo Rogerio Costa Andrade, 27, o designer Eduardo Brandão Jarussi, 26, e o vendedor Emerson de Almeida Chieri, 34. À polícia, eles disseram que não são racistas. À Folha, disseram que têm o direito de expressar sua opinião (leia texto ao lado).
"O White Power é nazi-racista e está se organizando. Já foi denunciado por panfletagem pregando ódio contra negros e judeus no ABC há três meses", afirmou ontem Dojival Vieira dos Santos, da Afropress -Agência Afroétnica de Notícias. Segundo ele, o White Power se considera mais "ideológico do que os Skinheads [Cabeças Raspadas]", conhecidos pelas ações violentas.
A página do White Power SP na internet contém diversos artigos que enaltecem o nazismo. Ensina até "como divulgar a propaganda pró-branco", dá dicas de como colar os panfletos e até recomenda que os mesmos sejam afixados, entre 23h e 4h.
Segundo a polícia, os acusados, que são todos brancos, foram presos por volta da 0h35 de ontem. Dois têm a cabeça raspada: Andrade, que segundo a polícia possui tatuagens do grupo White Power e Skinhead, do qual teria sido membro atuante, e o designer Jarussi.
Já o vendedor Almeida Chieri, também indicado, já teve passagens na polícia por roubo, furto e posse de droga. "Não sabia que os cartazes tinham esse conteúdo. Pensei que se tratavam só de críticas as cotas para negros", disse ele à polícia.Chieri ainda alegou que tem dois filhos afrodescendentes com sua ex-mulher.
Os três foram transferidos para o CDP (Centro de Detenção Provisória) Independência, na capital.Eles já teriam afixado 20 dos 261 cartazes de cunho racista quando foram surpreendidos pela PM na esquina das avenidas Lins de Vasconcelos com a professor Noe Azevedo, nas proximidades da faculdade Unip e Metrô Vila Mariana.
Caso fique provado que os três ainda são responsáveis pela autoria do conteúdo dos cartazes, a pena pode aumentar para de 2 a 5 anos. Segundo a versão da polícia, Chieri estava com um soco inglês e um cartaz. Andrade segurava um tubo de cola e um rolo para pintar. Jarussi ficou dentro de um carro com cartazes.
O delegado-assistente Rui Diogo da Silva, do 36º DP, do Paraíso, onde foi feita a ocorrência, investiga a possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas com os três acusados."Eles são contra a cota para negros e não se dizem racistas, mas a conduta prova o contrário. Menospreza a capacidade intelectual da raça negra", disse o delegado, que é afrodescendente e contrário às cotas raciais. "Acho que as cotas devem ser para alunos das escolas públicas, brancos ou negros."
Da Folha de hoje:
KLEBER TOMAZDA
REPORTAGEM LOCAL
Três homens foram presos na madrugada de ontem colando panfletos racistas com críticas ao programa de cotas de vagas para afrodescendentes nas universidades públicas. O grupo foi flagrado com o material nas imediações da Vila Mariana, zona sul de São Paulo, próximo a uma universidade.
Os três foram indiciados sob a acusação de crime de racismo - incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, religião, etnia ou procedência nacional. O crime é inafiançável e a pena é de 1 a 3 anos de prisão.
Os cartazes, que foram impressos do site do grupo White Power (Poder Branco) São Paulo, diziam: "Vestibulando branco. Hoje eles roubam sua vaga nas universidades públicas. E chamam isso de direitos iguais. Se você não agir agora, quem nos garante que eles não roubarão vagas nos concursos públicos? Devemos assegurar a existência de nossa raça e futuro de nossas crianças brancas". Também simula uma prova de vestibular feita por um negro com respostas com erros grosseiros e o carimbo de "aprovado".
O White Power São Paulo, que é investigado pelo Ministério Público desde 2004, se diz "nacional-socialista", prega a valorização da raça branca, a intolerância contra negros, judeus, nordestinos, imigrantes ilegais e homossexuais.
Os presos são: o autônomo Rogerio Costa Andrade, 27, o designer Eduardo Brandão Jarussi, 26, e o vendedor Emerson de Almeida Chieri, 34. À polícia, eles disseram que não são racistas. À Folha, disseram que têm o direito de expressar sua opinião (leia texto ao lado).
"O White Power é nazi-racista e está se organizando. Já foi denunciado por panfletagem pregando ódio contra negros e judeus no ABC há três meses", afirmou ontem Dojival Vieira dos Santos, da Afropress -Agência Afroétnica de Notícias. Segundo ele, o White Power se considera mais "ideológico do que os Skinheads [Cabeças Raspadas]", conhecidos pelas ações violentas.
A página do White Power SP na internet contém diversos artigos que enaltecem o nazismo. Ensina até "como divulgar a propaganda pró-branco", dá dicas de como colar os panfletos e até recomenda que os mesmos sejam afixados, entre 23h e 4h.
Segundo a polícia, os acusados, que são todos brancos, foram presos por volta da 0h35 de ontem. Dois têm a cabeça raspada: Andrade, que segundo a polícia possui tatuagens do grupo White Power e Skinhead, do qual teria sido membro atuante, e o designer Jarussi.
Já o vendedor Almeida Chieri, também indicado, já teve passagens na polícia por roubo, furto e posse de droga. "Não sabia que os cartazes tinham esse conteúdo. Pensei que se tratavam só de críticas as cotas para negros", disse ele à polícia.Chieri ainda alegou que tem dois filhos afrodescendentes com sua ex-mulher.
Os três foram transferidos para o CDP (Centro de Detenção Provisória) Independência, na capital.Eles já teriam afixado 20 dos 261 cartazes de cunho racista quando foram surpreendidos pela PM na esquina das avenidas Lins de Vasconcelos com a professor Noe Azevedo, nas proximidades da faculdade Unip e Metrô Vila Mariana.
Caso fique provado que os três ainda são responsáveis pela autoria do conteúdo dos cartazes, a pena pode aumentar para de 2 a 5 anos. Segundo a versão da polícia, Chieri estava com um soco inglês e um cartaz. Andrade segurava um tubo de cola e um rolo para pintar. Jarussi ficou dentro de um carro com cartazes.
O delegado-assistente Rui Diogo da Silva, do 36º DP, do Paraíso, onde foi feita a ocorrência, investiga a possibilidade de mais pessoas estarem envolvidas com os três acusados."Eles são contra a cota para negros e não se dizem racistas, mas a conduta prova o contrário. Menospreza a capacidade intelectual da raça negra", disse o delegado, que é afrodescendente e contrário às cotas raciais. "Acho que as cotas devem ser para alunos das escolas públicas, brancos ou negros."
sábado, outubro 21, 2006
Jornalismo oficial
A respeito da polêmica sobre a divulgação das fotos da dinheirama do dossiêgate, tenho lido muitos coleguinhas (entre eles, gente boa) criticar com veemência a postura dos jornais e TVs que as publicaram. Para mim, alguns textos não passam de defesa do governo travestida de crítica da imprensa. A discussão está toda lá no Observatório da Imprensa.
Surrupiei do blog do meu amigo Marcelo Soares alguns trechos com os quais concordo integralmente.
"Ilimar Franco (O Globo), em seu blog:
"Eu publicaria a foto do dinheiro. É de interesse jornalístico, ponto. Protegeria e ocultaria minha fonte. É assim que funciona a apuração jornalística. Se um jornalista disser para você o contrário pode ter certeza que estás diante de um mentiroso. A tentativa de criminalizar a apuração jornalística é um erro grave. Tem muita gente boa fazendo isso sem pensar nas consequências para o nosso árduo trabalho diário. É o seguinte: os jornalistas que conseguiram as fotos não revelaram a fonte. Tentaram proteger a fonte. Deviam tê-lo feito? Sim. Deviam fazer como a reportagem de Carta Capital, que conta uma história sem citar uma única fonte sequer. O mesmo método dos três delegados da PF da Veja, no governo Lula, ou das quatro fontes do mercado sobre corrupção no Banco Central, no governo Fernando Henrique. É assim mesmo. São histórias sensacionais, que denigrem instituições e lançam suspeitas sobre pessoas, diretorias ou corporações inteiras, mas sem um único patriota disposto a denunciar publicamente."
Paulo Moreira Leite (Estadão), em seu blog:
"Acho errado todo esforço para mudar de assunto no meio da investigação sobre a operação tabajara. A operação envolve uma ação condenável de manipulação eleitoral, que deve ser investigada a fundo. Todo esforço para demonstrar que o PT foi vítima de uma conspiração adversária perde o sentido quando se recorda que petistas de primeiro escalão montaram a operação suicida, que impediu a vitória de Lula no primeiro turno. Ou seja: mesmo que se demonstre que o lance original da operação tabajara tenha sido dado por um cérebro ligado ao PSDB, a CIA ou a quem quer seu seja, o máximo que essa informação revela diz respeito à qualificação e ao vergonhoso despreparo de determinados auxiliares de confiança Lula. Pode-se dar muitas voltas, mas a responsabilidade sempre retornará a este círculo. Outra coisa é o papel do delegado Edmilson Bruno. Não acho que caiba a um funcionário público esconder uma informação relevante da população. Sempre fui a favor da divulgação das fotos do dinheiro, porque essa é uma tradição do jornalismo brasileiro, seja em casos de apreensões de tijolos de maconha, de sacos de cocaína, de armas contrabandeadas. Não vejo por que mudar de hábitos quando eles iriam prejudicar o governo. Isso seria manipulação. Acho que também é manipulação um delegado definir quando essa informação será divulgada – em prazos que têm uma ligação direta com a votação para presidente da república."
Ali Kamel (TV Globo), no Observatório da Imprensa:
"Agiram mal a TV Globo e toda a imprensa ao divulgar as fotos? De maneira alguma, elas eram de extremo interesse público. Agiu mal a TV Globo ao preservar a fonte? Também não, porque ao mesmo tempo em que preservou a fonte, não fez, em nenhum momento, o que ela pediu: alegar que os CDs haviam sido furtados. Desde o primeiro instante a TV Globo disse a seus telespectadores que conseguira os CDs de uma fonte graduada da Polícia Federal, com isso deixando claro que se tratava de alguém da hierarquia da polícia. Em nenhum momento dissemos que os CDs por nós obtidos eram fruto de furto ou roubo. O que mais impressiona é a parte da reportagem em que se destaca a frase do delegado: "Tem de sair hoje à noite na TV. Tem de sair no Jornal Nacional". Trata-se de um caso de omissão cujo objetivo pode ter sido dar a entender que a intenção do delegado era vazar as fotos prioritariamente para a TV Globo. Nada mais falso. Conversando com quatro jornalistas, nenhum deles da TV Globo, o delegado, a certa altura, pergunta para qual televisão ele deve divulgar, alegando que precisa que as fotos saiam numa TV. Os repórteres, nenhum deles da TV Globo, sugerem a Globo e o SBT. O delegado pergunta então se há alguém da Globo nas proximidades, e os repórteres apontam para Rodrigo Bocardi, repórter do Jornal Nacional, que estava de plantão na Polícia Federal. Outro repórter do grupo acrescenta que também está na PF um repórter da TV Bandeirantes, a quem classifica de gente finíssima. O delegado alega que não tem CDs para todos, mas os repórteres asseguram a ele que tirarão cópias e farão a distribuição aos repórteres de TV."
Surrupiei do blog do meu amigo Marcelo Soares alguns trechos com os quais concordo integralmente.
"Ilimar Franco (O Globo), em seu blog:
"Eu publicaria a foto do dinheiro. É de interesse jornalístico, ponto. Protegeria e ocultaria minha fonte. É assim que funciona a apuração jornalística. Se um jornalista disser para você o contrário pode ter certeza que estás diante de um mentiroso. A tentativa de criminalizar a apuração jornalística é um erro grave. Tem muita gente boa fazendo isso sem pensar nas consequências para o nosso árduo trabalho diário. É o seguinte: os jornalistas que conseguiram as fotos não revelaram a fonte. Tentaram proteger a fonte. Deviam tê-lo feito? Sim. Deviam fazer como a reportagem de Carta Capital, que conta uma história sem citar uma única fonte sequer. O mesmo método dos três delegados da PF da Veja, no governo Lula, ou das quatro fontes do mercado sobre corrupção no Banco Central, no governo Fernando Henrique. É assim mesmo. São histórias sensacionais, que denigrem instituições e lançam suspeitas sobre pessoas, diretorias ou corporações inteiras, mas sem um único patriota disposto a denunciar publicamente."
Paulo Moreira Leite (Estadão), em seu blog:
"Acho errado todo esforço para mudar de assunto no meio da investigação sobre a operação tabajara. A operação envolve uma ação condenável de manipulação eleitoral, que deve ser investigada a fundo. Todo esforço para demonstrar que o PT foi vítima de uma conspiração adversária perde o sentido quando se recorda que petistas de primeiro escalão montaram a operação suicida, que impediu a vitória de Lula no primeiro turno. Ou seja: mesmo que se demonstre que o lance original da operação tabajara tenha sido dado por um cérebro ligado ao PSDB, a CIA ou a quem quer seu seja, o máximo que essa informação revela diz respeito à qualificação e ao vergonhoso despreparo de determinados auxiliares de confiança Lula. Pode-se dar muitas voltas, mas a responsabilidade sempre retornará a este círculo. Outra coisa é o papel do delegado Edmilson Bruno. Não acho que caiba a um funcionário público esconder uma informação relevante da população. Sempre fui a favor da divulgação das fotos do dinheiro, porque essa é uma tradição do jornalismo brasileiro, seja em casos de apreensões de tijolos de maconha, de sacos de cocaína, de armas contrabandeadas. Não vejo por que mudar de hábitos quando eles iriam prejudicar o governo. Isso seria manipulação. Acho que também é manipulação um delegado definir quando essa informação será divulgada – em prazos que têm uma ligação direta com a votação para presidente da república."
Ali Kamel (TV Globo), no Observatório da Imprensa:
"Agiram mal a TV Globo e toda a imprensa ao divulgar as fotos? De maneira alguma, elas eram de extremo interesse público. Agiu mal a TV Globo ao preservar a fonte? Também não, porque ao mesmo tempo em que preservou a fonte, não fez, em nenhum momento, o que ela pediu: alegar que os CDs haviam sido furtados. Desde o primeiro instante a TV Globo disse a seus telespectadores que conseguira os CDs de uma fonte graduada da Polícia Federal, com isso deixando claro que se tratava de alguém da hierarquia da polícia. Em nenhum momento dissemos que os CDs por nós obtidos eram fruto de furto ou roubo. O que mais impressiona é a parte da reportagem em que se destaca a frase do delegado: "Tem de sair hoje à noite na TV. Tem de sair no Jornal Nacional". Trata-se de um caso de omissão cujo objetivo pode ter sido dar a entender que a intenção do delegado era vazar as fotos prioritariamente para a TV Globo. Nada mais falso. Conversando com quatro jornalistas, nenhum deles da TV Globo, o delegado, a certa altura, pergunta para qual televisão ele deve divulgar, alegando que precisa que as fotos saiam numa TV. Os repórteres, nenhum deles da TV Globo, sugerem a Globo e o SBT. O delegado pergunta então se há alguém da Globo nas proximidades, e os repórteres apontam para Rodrigo Bocardi, repórter do Jornal Nacional, que estava de plantão na Polícia Federal. Outro repórter do grupo acrescenta que também está na PF um repórter da TV Bandeirantes, a quem classifica de gente finíssima. O delegado alega que não tem CDs para todos, mas os repórteres asseguram a ele que tirarão cópias e farão a distribuição aos repórteres de TV."
sexta-feira, outubro 20, 2006
Darwin on line
Já está na internet a maior parte dos trabalhos do naturalista inglês Charles Darwin, o criador da Teoria da Evolução - assim mesmo, com caixa alta.
quarta-feira, outubro 18, 2006
Recado
Cristovam foi tímido, mas deu o recado.
Da FSP de hoje:
MEDO: CRISTOVAM DIZ QUE TEME NOVO MANDATO PARA PT
Mesmo com a recomendação do PDT para não revelar seu voto, o senador Cristovam Buarque disse ontem que tem medo de um segundo mandato do presidente Lula: "Eu temo mais quatro anos do governo que mistura partido, governo e Estado". Na reunião do PDT, Cristovam defendeu a candidatura Alckmin como oportunidade de alternância de poder.
PS. O fato é que o PDT está parecendo o PMDB: é um partido em cada estado. Lá em cima, tem um governador apoiando o Lula; em São Paulo, apóia o Alckmin...
Da FSP de hoje:
MEDO: CRISTOVAM DIZ QUE TEME NOVO MANDATO PARA PT
Mesmo com a recomendação do PDT para não revelar seu voto, o senador Cristovam Buarque disse ontem que tem medo de um segundo mandato do presidente Lula: "Eu temo mais quatro anos do governo que mistura partido, governo e Estado". Na reunião do PDT, Cristovam defendeu a candidatura Alckmin como oportunidade de alternância de poder.
PS. O fato é que o PDT está parecendo o PMDB: é um partido em cada estado. Lá em cima, tem um governador apoiando o Lula; em São Paulo, apóia o Alckmin...
Golpe baixo
O PT continua com o mote de que o Alckmin privatizaria tudo o que pudesse, se fosse eleito. Eu não vejo grandes problemas nisso, não. Pelo contrário, acho até que tem coisa pra privatizar, sim, como o Aerolula. Mas as pesquisas indicam que a choldra não gosta de privatização, que o populacho repele essa idéia. Então, dá-lhe acusar o Alckmin de mascate do século XXI (melhor escrever em arábicos porque o Lula não lê algarismos romanos).
Eu sugiro à modorrenta campanha de Alckmin que parta para o ataque, ora essa. Poderia ser dito, por exemplo, que o presidente poderá fechar o Congresso e dar um golpe de Estado, caso seja reeleito. Afinal, ele mesmo confidenciou que o "diabo" o tem atentado a fazer isso.
Pensando bem, não sei se teria efeito positivo pro Alckmin. Vai que a tigrada gosta da idéia de termos outro ditadorzinho e isso impulsione ainda mais a candidatura do Noço Guia.
Eu sugiro à modorrenta campanha de Alckmin que parta para o ataque, ora essa. Poderia ser dito, por exemplo, que o presidente poderá fechar o Congresso e dar um golpe de Estado, caso seja reeleito. Afinal, ele mesmo confidenciou que o "diabo" o tem atentado a fazer isso.
Pensando bem, não sei se teria efeito positivo pro Alckmin. Vai que a tigrada gosta da idéia de termos outro ditadorzinho e isso impulsione ainda mais a candidatura do Noço Guia.
sábado, outubro 14, 2006
Music
Let the music play
I just wanna dance the night away
Here, right here, right here is where I’m gonna stay
All night long, ooh, ooh, ooh, ooh, ooh, wee
Let the music play on
Just until I feel this misery is gone
Movin? kickin? groovin? keep the music strong
On and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on
I just wanna dance the night away
Here, right here, right here is where I’m gonna stay
All night long, ooh, ooh, ooh, ooh, ooh, wee
Let the music play on
Just until I feel this misery is gone
Movin? kickin? groovin? keep the music strong
On and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on and on
quinta-feira, outubro 12, 2006
Bando
Os petralhas não dão folga na internet. Dêem uma espiada na nota "O spin doctor aloprado", do blog Deu no Jornal, do meu amigo Marcelo Soares.
Estes caras são malucos messiânicos. Um bando de vagabundos que não têm mais o que fazer a não ser infernizar a vida de quem trabalha. Vão trabalhar, petralhas! Vão pegar num cabo de enxada, bando de desocupados! Devem estar sendo pagos com dinheiro público, sem dúvida. Dinheiro das ongs mantidas pelo governo, como a do chuveirão Lorenzetti, que afanou R$ 18 milhões no desgoverno Lula.
Mais quatro anos desta gente lá em cima vai ser duro de agüentar. Ainda bem que já estou arrumando a papelada pra pular fora deste "acampamento", como diz o Tambosi.
Estes caras são malucos messiânicos. Um bando de vagabundos que não têm mais o que fazer a não ser infernizar a vida de quem trabalha. Vão trabalhar, petralhas! Vão pegar num cabo de enxada, bando de desocupados! Devem estar sendo pagos com dinheiro público, sem dúvida. Dinheiro das ongs mantidas pelo governo, como a do chuveirão Lorenzetti, que afanou R$ 18 milhões no desgoverno Lula.
Mais quatro anos desta gente lá em cima vai ser duro de agüentar. Ainda bem que já estou arrumando a papelada pra pular fora deste "acampamento", como diz o Tambosi.
Começa assim
Estudantes do Piauí que apóiam a candidatura do Noço Guia fizeram queimaram a revista Veja em praça pública, alegando que ela faz campanha sistemática contra o governo. Os moleques dizem que defendem a liberdade de imprensa, mas que Veja estaria sendo parcial.
Ora, ora, parcial. E daí? Onde é que está dito que uma revista ou um jornal não podem ser parciais? Os moleques certamente não conhecem a legislação. Jornais e revistas não são concessão de serviço público, como rádios e TVs; por isso, podem adotar a linha editorial que melhor lhes couber.
Veja nunca escondeu sua antipatia por Lula, assim como CartaCapital não esconde a simpatia. Estamos numa democracia, ora pois. Mas os moleques não sabem o que isso significa.
Em um certo país europeu, lá pela década de 40, os fanáticos também queimaram livros e revistas em praça pública; e a democracia foi assada. Mais tarde, as fogueiras continuaram, não queimando papel, mas gente.
Exagero meu? Pode ser, mas que o espírito "democrático" deste povo messiânico causa arrepios, ah isso causa!
Ora, ora, parcial. E daí? Onde é que está dito que uma revista ou um jornal não podem ser parciais? Os moleques certamente não conhecem a legislação. Jornais e revistas não são concessão de serviço público, como rádios e TVs; por isso, podem adotar a linha editorial que melhor lhes couber.
Veja nunca escondeu sua antipatia por Lula, assim como CartaCapital não esconde a simpatia. Estamos numa democracia, ora pois. Mas os moleques não sabem o que isso significa.
Em um certo país europeu, lá pela década de 40, os fanáticos também queimaram livros e revistas em praça pública; e a democracia foi assada. Mais tarde, as fogueiras continuaram, não queimando papel, mas gente.
Exagero meu? Pode ser, mas que o espírito "democrático" deste povo messiânico causa arrepios, ah isso causa!
quarta-feira, outubro 11, 2006
Ele mente, pra variar
Veja quem é que está mentindo, mesmo, sobre os cortes de gastos públicos no próximo governo.
Lula diz que Alckmin vai cortar, mas o ministro dele o desmente.
Da Folha de S. Paulo de hoje:
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto a campanha do PT ataca a proposta de ajuste fiscal do oponente tucano, Geraldo Alckmin, o governo Luiz Inácio Lula da Silva estuda a ampliação do mecanismo que permite à União cortar gastos sociais impostos pela Constituição.
A medida foi defendida ontem pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento), do PT, com argumentos idênticos aos do programa do PSDB: a redução das despesas federais abrirá espaço para a queda da carga tributária e dos juros, além da ampliação dos investimentos.
"Precisamos dar alguns sinais claros na área fiscal aos agentes econômicos, para alavancar de vez nosso crescimento econômico", disse o ministro após audiência na Comissão de Orçamento. Com a ressalva de que só falava em nome de seu ministério, e não do governo, Bernardo propôs a ampliação da DRU (Desvinculação de Receita da União), a regra que hoje permite ao governo federal gastar livremente 20% de suas receitas: o percentual subiria gradualmente até 25% ou 30%.
Além da DRU, Bernardo defendeu a prorrogação da CPMF, o outro instrumento provisório que expirará no próximo ano. Para o tributo, porém, a proposta é torná-lo permanente, com uma redução gradual ao longo de dez ou 15 anos, de forma que a alíquota caia de 0,38% até 0,08%.
Criada em 1993 como parte do Plano Real e em vigor desde 1994, a DRU é usada para driblar as principais imposições constitucionais de gastos, caso do direcionamento de 18% da arrecadação de impostos à educação e de 100% da receita das contribuições sociais à seguridade. Com a DRU, esses percentuais incidem sobre uma base 20% menor. O PT, que combateu a DRU na oposição, rendeu-se a ela ao chegar ao poder. Em 2003, prorrogou a regra até o final de 2007. Naquela época, a ampliação da DRU foi cogitada, mas não vingou devido à reação da bancada petista.
As idéias de Bernardo retomam uma agenda intensamente debatida pelo governo Lula no ano passado e consensual entre os economistas de pensamento ortodoxo, que inspiram o programa de Alckmin. Apoiada pelo ex-ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), a proposta de um programa fiscal de longo prazo foi bombardeada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e prejudicada pela chegada do ano eleitoral. Mas nunca deixou a pauta das discussões reservadas do governo.
Com o segundo turno, o tema se tornou pretexto para ataques à candidatura tucana, cujo programa é explícito ao pregar a necessidade de redução de despesas -apesar de negar o corte de gastos sociais. Anteontem, a campanha de Lula divulgou documento afirmando que o ajuste fiscal de Alckmin irá "reduzir os benefícios conquistados pelos idosos", "interromper o processo de redução da pobreza e da desigualdade" e "provocar uma séria recessão".
O texto comentava declarações atribuídas ao economista Yoshiaki Nakano, ligado ao tucano, segundo as quais seria possível cortar despesas em cerca de 3% do PIB, algo como R$ 65 bilhões, a partir do primeiro ano de governo. "Deve ser um mal-entendido. Nakano é uma pessoa da mais alta qualificação e sabe que isso não é possível", disse Bernardo.
Lula diz que Alckmin vai cortar, mas o ministro dele o desmente.
Da Folha de S. Paulo de hoje:
GUSTAVO PATU
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Enquanto a campanha do PT ataca a proposta de ajuste fiscal do oponente tucano, Geraldo Alckmin, o governo Luiz Inácio Lula da Silva estuda a ampliação do mecanismo que permite à União cortar gastos sociais impostos pela Constituição.
A medida foi defendida ontem pelo ministro Paulo Bernardo (Planejamento), do PT, com argumentos idênticos aos do programa do PSDB: a redução das despesas federais abrirá espaço para a queda da carga tributária e dos juros, além da ampliação dos investimentos.
"Precisamos dar alguns sinais claros na área fiscal aos agentes econômicos, para alavancar de vez nosso crescimento econômico", disse o ministro após audiência na Comissão de Orçamento. Com a ressalva de que só falava em nome de seu ministério, e não do governo, Bernardo propôs a ampliação da DRU (Desvinculação de Receita da União), a regra que hoje permite ao governo federal gastar livremente 20% de suas receitas: o percentual subiria gradualmente até 25% ou 30%.
Além da DRU, Bernardo defendeu a prorrogação da CPMF, o outro instrumento provisório que expirará no próximo ano. Para o tributo, porém, a proposta é torná-lo permanente, com uma redução gradual ao longo de dez ou 15 anos, de forma que a alíquota caia de 0,38% até 0,08%.
Criada em 1993 como parte do Plano Real e em vigor desde 1994, a DRU é usada para driblar as principais imposições constitucionais de gastos, caso do direcionamento de 18% da arrecadação de impostos à educação e de 100% da receita das contribuições sociais à seguridade. Com a DRU, esses percentuais incidem sobre uma base 20% menor. O PT, que combateu a DRU na oposição, rendeu-se a ela ao chegar ao poder. Em 2003, prorrogou a regra até o final de 2007. Naquela época, a ampliação da DRU foi cogitada, mas não vingou devido à reação da bancada petista.
As idéias de Bernardo retomam uma agenda intensamente debatida pelo governo Lula no ano passado e consensual entre os economistas de pensamento ortodoxo, que inspiram o programa de Alckmin. Apoiada pelo ex-ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda), a proposta de um programa fiscal de longo prazo foi bombardeada pela ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) e prejudicada pela chegada do ano eleitoral. Mas nunca deixou a pauta das discussões reservadas do governo.
Com o segundo turno, o tema se tornou pretexto para ataques à candidatura tucana, cujo programa é explícito ao pregar a necessidade de redução de despesas -apesar de negar o corte de gastos sociais. Anteontem, a campanha de Lula divulgou documento afirmando que o ajuste fiscal de Alckmin irá "reduzir os benefícios conquistados pelos idosos", "interromper o processo de redução da pobreza e da desigualdade" e "provocar uma séria recessão".
O texto comentava declarações atribuídas ao economista Yoshiaki Nakano, ligado ao tucano, segundo as quais seria possível cortar despesas em cerca de 3% do PIB, algo como R$ 65 bilhões, a partir do primeiro ano de governo. "Deve ser um mal-entendido. Nakano é uma pessoa da mais alta qualificação e sabe que isso não é possível", disse Bernardo.
Pela culatra?
A estratégia era arriscada, mas Alckmin não tinha muita alternativa para o debate a não ser a que adotou. Mas parece que o eleitorado não gostou muito. Caiu três pontos na pesquisa do Datafolha e a distância para o Noço Guia aumentou para 11 pontos. Os eleitores não viram o debate como tendo sido uma surra de Alckmin em Lula, como muitos acharam (inclusive eu).
Para ajudar a entender como pensa o eleitor, sugiro o artigo "Estupidez moralista", do Cláudio Weber Abramo, no blog A Coisa Aqui Tá Preta - com o qual não concordo integralmente. Abramo defende que não se pode concluir que o povo brasileiro é tolerante com a corrupção só porque Lula se mantém à frente nas intenções de voto, mesmo com tantas denúncias.
Argumenta que ninguém toma decisões apenas com base em fatores morais. Os fatores materiais podem se sobrepor aos morais, no caso dos que recebem os caraminguás do Bolsa Família. Prova disso é que lá no Nordeste o Noço Guia chegou a ter 70% dos votos em algumas regiões.
Concordo com a avaliação: é claro que quem passou a ganhar 50 ou 100 reais agora tem tudo para votar em Lula, mas lastimo que as decisões estejam sendo tomadas com o estômago. Assim que o dinheiro deixar de ser pago, Lula passará a ser odiado. Ou será pago para sempre? Como diz o professor Tambosi, o PT está tomando o lugar dos coronelões nos cafundós do Brasil.
Abramo diz que é moralismo, ou pensamento pequeno-burguês, pensar que o cidadão morto de fome deva colocar os preceitos morais antes dos materiais. Pode estar certo, mas isso é um sinal de que estamos perdidos: o partido que prometia mudar "este país" age mesmo como os coronelões. O objetivo é ter o voto dos pobres.
Para ajudar a entender como pensa o eleitor, sugiro o artigo "Estupidez moralista", do Cláudio Weber Abramo, no blog A Coisa Aqui Tá Preta - com o qual não concordo integralmente. Abramo defende que não se pode concluir que o povo brasileiro é tolerante com a corrupção só porque Lula se mantém à frente nas intenções de voto, mesmo com tantas denúncias.
Argumenta que ninguém toma decisões apenas com base em fatores morais. Os fatores materiais podem se sobrepor aos morais, no caso dos que recebem os caraminguás do Bolsa Família. Prova disso é que lá no Nordeste o Noço Guia chegou a ter 70% dos votos em algumas regiões.
Concordo com a avaliação: é claro que quem passou a ganhar 50 ou 100 reais agora tem tudo para votar em Lula, mas lastimo que as decisões estejam sendo tomadas com o estômago. Assim que o dinheiro deixar de ser pago, Lula passará a ser odiado. Ou será pago para sempre? Como diz o professor Tambosi, o PT está tomando o lugar dos coronelões nos cafundós do Brasil.
Abramo diz que é moralismo, ou pensamento pequeno-burguês, pensar que o cidadão morto de fome deva colocar os preceitos morais antes dos materiais. Pode estar certo, mas isso é um sinal de que estamos perdidos: o partido que prometia mudar "este país" age mesmo como os coronelões. O objetivo é ter o voto dos pobres.
Link novo
Há um link novo na lista aí ao lado. É o excelente blog do economista Cláudio Shikida, De Gustibus Non Est Disputandum. Aproveitem.
terça-feira, outubro 10, 2006
Nobel vai para Phelps
O americano Edmund Phelps ganhou o prêmio Nobel de Economia deste ano por sua contribuição no estudo da relação entre inflação e desemprego. Foi um dos que primeiro criticaram a ainda hoje famosa curva de Phillips, de A. W. Phillips. A curva de Phillips sugeria que o custo de reduzir a inflação era o aumento do desemprego - e vice-versa.
Aproveite para dar uma espiada na página do prêmio e conferir os ganhadores das outras categorias.
Em tempo: o prêmio de Economia, na verdade, não é um Nobel original. Alfred Nobel não o instituiu, assim como também não criou um de matemática. O prêmio de Economia é "em memória" de Alfred Nobel.
Um exemplo
O velhinho simpático aí ao lado é José Mindlin, empresário e bibliófilo. Acaba de ser eleito para a Academia Brasileira de Letras. Não é exatamente um escrito, mas seu amor pelos livros é comovente e exemplar. Tem a maior biblioteca pessoal da América Latina - doada para a USP. Pena que vai ter que aturar como colegas coronelões medíocres como Sarney.
Eu mereço
Bem-feito pra mim; quem mandou assistir a televisão numa noite de segunda-feira?
Pra fechar com chave de ouro minha madrugada, assisti a uma das piores entrevistas de que já tive notícia: Jô Soares falando com o físico pop Marcelo Gleiser. Não que ele não tivesse nada a falar; pelo contrário. O gordo é que fez uma miscelânea: ora falava do livro, ora saía rapidamente para outro assunto que não tinha nada a ver. Parecia conversa de louco. Misturou tudo, caiu no lugar-comum e resvalou para a superstição. Até de disco voador o cara falou, imaginem vocês! O Gleiser não conseguia disfarçar o constrangimento.
O gordo metido a intelectual, considerado um dos homens mais inteligentes "deste país" (como diria outra sumidade), disparou uma sandice após a outra. Um fiasco! Nem a produção do programa, que o salva na maioria das entrevistas, deu jeito. Confundiu física quântica com teoria da relatividade, Stephen Hawking com Planck; não tinha noção nenhuma de que século viveu Ptolomeu, entre outras barbaridades.
Mas a maior delas foi dizer que Aristóteles "quase" acertou que a Terra era o centro do universo, mesmo depois de o Gleiser ter mostrado a teoria da cebola. O que um autor não precisa fazer para vender mais livros no Brasil, não?!
Várias vezes ameacei sair do sofá, mas resisti bravamente. Agora chega; vou dormir.
Pra fechar com chave de ouro minha madrugada, assisti a uma das piores entrevistas de que já tive notícia: Jô Soares falando com o físico pop Marcelo Gleiser. Não que ele não tivesse nada a falar; pelo contrário. O gordo é que fez uma miscelânea: ora falava do livro, ora saía rapidamente para outro assunto que não tinha nada a ver. Parecia conversa de louco. Misturou tudo, caiu no lugar-comum e resvalou para a superstição. Até de disco voador o cara falou, imaginem vocês! O Gleiser não conseguia disfarçar o constrangimento.
O gordo metido a intelectual, considerado um dos homens mais inteligentes "deste país" (como diria outra sumidade), disparou uma sandice após a outra. Um fiasco! Nem a produção do programa, que o salva na maioria das entrevistas, deu jeito. Confundiu física quântica com teoria da relatividade, Stephen Hawking com Planck; não tinha noção nenhuma de que século viveu Ptolomeu, entre outras barbaridades.
Mas a maior delas foi dizer que Aristóteles "quase" acertou que a Terra era o centro do universo, mesmo depois de o Gleiser ter mostrado a teoria da cebola. O que um autor não precisa fazer para vender mais livros no Brasil, não?!
Várias vezes ameacei sair do sofá, mas resisti bravamente. Agora chega; vou dormir.
Show de grossura
Depois de me indignar com o governismo do Franklin Martins, fiquei puto com o show de grosseria do Robert Gallo. Tudo bem que tem alguns entrevistadores que são de última, mas não justifica a grossura do homem. Poderia ter sido, pelo menos, irônico, sarcástico.
Acho que ficou constrangido pelas perguntas que davam um tom crítico em relação ao Bush e sua política (anti) científica. Foi grosseiro com um repórter da Folha que perguntou se ele considerava o governo americano anti-científico. E depois desancou uma mulher de uma agência de notícias sobre Aids (ou algo parecido).
A sorte foi o Dráuzio Varella conseguir acalmar os ânimos do cientista estrelão. Mesmo assim, continuou fugindo das perguntas com tom mais político. Ah, e negou que Bush e o partido Republicano são contra o ensino do evolucionismo! E mais ainda: não foi capaz de estabelecer uma diferença entre evolucionismo e criacionismo. E citou São Thomas de Aquino para argumentar que eles poderiam conviver.
Não que eu compactue com o sentimento antiamericano, muito comum por essas plagas. Pelo contrário: acho que o Bush é um perigo para o sistema democrático americano, baseado no conhecimento científico, nos direitos civis e na tolerância com os imigrantes.
Não adianta dizer que eles perseguem esse ou aquele. Foram os Estados Unidos que deram abrigo à grande maioria de intelectuais e cientistas que fugiram da Europa tomada por Hitler durante a Segunda Guerra - inclusive aquele bando de picaretas da Escola de Frankfurt.
Acho que ficou constrangido pelas perguntas que davam um tom crítico em relação ao Bush e sua política (anti) científica. Foi grosseiro com um repórter da Folha que perguntou se ele considerava o governo americano anti-científico. E depois desancou uma mulher de uma agência de notícias sobre Aids (ou algo parecido).
A sorte foi o Dráuzio Varella conseguir acalmar os ânimos do cientista estrelão. Mesmo assim, continuou fugindo das perguntas com tom mais político. Ah, e negou que Bush e o partido Republicano são contra o ensino do evolucionismo! E mais ainda: não foi capaz de estabelecer uma diferença entre evolucionismo e criacionismo. E citou São Thomas de Aquino para argumentar que eles poderiam conviver.
Não que eu compactue com o sentimento antiamericano, muito comum por essas plagas. Pelo contrário: acho que o Bush é um perigo para o sistema democrático americano, baseado no conhecimento científico, nos direitos civis e na tolerância com os imigrantes.
Não adianta dizer que eles perseguem esse ou aquele. Foram os Estados Unidos que deram abrigo à grande maioria de intelectuais e cientistas que fugiram da Europa tomada por Hitler durante a Segunda Guerra - inclusive aquele bando de picaretas da Escola de Frankfurt.
segunda-feira, outubro 09, 2006
Que vergonha
É impressionante! O Franklin Martins não fica nem vermelho! É o comentarista mais petista da televisão brasileira. Não foi à toa que a Globo mandou ele passear. Depois da surra que o Alckmin deu no Lula, ele ainda está lá no Canal Livre insinuando que houve um empate. Todos os outros falam de pontos positivos e negativos dos dois candidatos, mas Franklin não vê pecados no "Nosso Guia" (Copy do Gaspari). Deprimente!
Vou ver o Robert Gallo na Cultura que ganho mais.
Vou ver o Robert Gallo na Cultura que ganho mais.
Aula de História
No sábado, fui ao almoço de aniversário do amigo e coleguinha de profissão Maurício Oliveira, no Ribeirão da Ilha, um ugar horroroso, à beira-mar, no sul de Florianópolis. Como a mesa foi ficando grande (sim, o Maurício é um cara muito popular), só consegui conversar com os mais próximos.
O também amigo e coleguinha Carlito sentou na minha frente e conversamos um bocado. O cara está concluindo a graduação em História; sabe como é, decidiu estudar de verdade depois de ter feito jornalismo (brincadeira; acho que aprendemos muito na baiúca da UFSC).
Carlito é um cara que se esforça para fugir dos lugares-comuns ideológicos, dos chavões, das idéias pré-concebidas. Digo "se esforça" porque não é uma coisa fácil. A gente tende sempre ficar repetindo um monte de asneiras que nos sopraram a vida inteira, principalmente se elas forem politicamente corretas.
Não sei como começamos a falar de escravidão e de como o tema está relacionado com racismo - pelo menos para nós aqui. Ou seja, negros bonzinhos escravizados por brancos malvados - o que parece compreensível. Ocorre que os negros comprados na África eram escravizados lá mesmo por tribos vencedoras de guerras tribais. A conotação racial foi feita aqui.
Calma, calma; não se trata de revisionismo histórico, não. A escravidão ocorreu e ninguém está a negar os fatos abomináveis. Entretanto, Carlito citou alguns autores que tratam do processo de vitimização dos escravos. Sim, eles foram maltratados, mas viviam eles em condições piores do que os trabalhadores europeus durante a Revolução Industrial?
Em muitos casos, não. Havia, por exemplo, limites para o castigo físico. Os senhores que se excediam no castigo eram malvistos pelos demais. É claro que para nós, hoje, isso soa como sandice, mas era o que havia naquela época; não eram absolutamente bárbaros, só um pouquinho.
Outra coisa fundamental colocada pelo Carlito: como não tinham o conceito de África, os negros não poderiam se considerar africanos. Essa relação de identidade lhes foi dada por nós que, de forma preconceituosa (agora, sim), víamos a todos como iguais por causa da cor da pele. Uma bobagem, já que as tribos se digladiavam.
Carlitão falou ainda de uma certa resistência, nas chamadas ciências sociais, em relação à ciência de verdade (essa expressão é minha, não Carlito), mas isso é uma conversa mais longa.
Enfim, uma sacudida no senso comum de vez em quando faz um bem danado.
O também amigo e coleguinha Carlito sentou na minha frente e conversamos um bocado. O cara está concluindo a graduação em História; sabe como é, decidiu estudar de verdade depois de ter feito jornalismo (brincadeira; acho que aprendemos muito na baiúca da UFSC).
Carlito é um cara que se esforça para fugir dos lugares-comuns ideológicos, dos chavões, das idéias pré-concebidas. Digo "se esforça" porque não é uma coisa fácil. A gente tende sempre ficar repetindo um monte de asneiras que nos sopraram a vida inteira, principalmente se elas forem politicamente corretas.
Não sei como começamos a falar de escravidão e de como o tema está relacionado com racismo - pelo menos para nós aqui. Ou seja, negros bonzinhos escravizados por brancos malvados - o que parece compreensível. Ocorre que os negros comprados na África eram escravizados lá mesmo por tribos vencedoras de guerras tribais. A conotação racial foi feita aqui.
Calma, calma; não se trata de revisionismo histórico, não. A escravidão ocorreu e ninguém está a negar os fatos abomináveis. Entretanto, Carlito citou alguns autores que tratam do processo de vitimização dos escravos. Sim, eles foram maltratados, mas viviam eles em condições piores do que os trabalhadores europeus durante a Revolução Industrial?
Em muitos casos, não. Havia, por exemplo, limites para o castigo físico. Os senhores que se excediam no castigo eram malvistos pelos demais. É claro que para nós, hoje, isso soa como sandice, mas era o que havia naquela época; não eram absolutamente bárbaros, só um pouquinho.
Outra coisa fundamental colocada pelo Carlito: como não tinham o conceito de África, os negros não poderiam se considerar africanos. Essa relação de identidade lhes foi dada por nós que, de forma preconceituosa (agora, sim), víamos a todos como iguais por causa da cor da pele. Uma bobagem, já que as tribos se digladiavam.
Carlitão falou ainda de uma certa resistência, nas chamadas ciências sociais, em relação à ciência de verdade (essa expressão é minha, não Carlito), mas isso é uma conversa mais longa.
Enfim, uma sacudida no senso comum de vez em quando faz um bem danado.
Soou o gongo
A semana foi puxada e o caro leitor foi poupado das minhas asneiras durante dias. Mas quase uma semana depois, vale o que foi dito no post anterior por Ioschpe: começou a campanha. O debate de ontem deu a medida.
E tem que ser assim, mesmo: contundente, afiado, agressivo, até, se preferirem. Vale chamar de mentiroso, sim; de traidor das esperanças do povo, de chefe da gangue, também. Mas só até aí. De cachaceiro não vale!
Para mim, o melhor momento do debate de ontem foi um tirada do Alckmin: o Lula sabe tudo do governo Fernando Henrique, mas não sabe de nada do seu governo". Gargalhei!
De resto, na minha opinião, debate não muda muita coisa, não. Vale como entretenimento para as duas torcidas. Mas isso não quer dizer que não deve haver debates. É que como este governo é profícuo em escândalos, impossível que o tema da corrupção não predomine nas discussões. E eu até achei que o Alckmin - perdão, Geraldo - falou pouco dos escândalos antigos, como o dinheiro do Duda Mendonça et caterva.
Plano de governo, mesmo, muito pouco. O Lula estava com cara de quem entornou todas e dormiu a tarde inteira.
Vamos aguardar o próximo. Se o picolé de chuchu repetir o desempenho de ontem, já estará de bom tamanho.
E tem que ser assim, mesmo: contundente, afiado, agressivo, até, se preferirem. Vale chamar de mentiroso, sim; de traidor das esperanças do povo, de chefe da gangue, também. Mas só até aí. De cachaceiro não vale!
Para mim, o melhor momento do debate de ontem foi um tirada do Alckmin: o Lula sabe tudo do governo Fernando Henrique, mas não sabe de nada do seu governo". Gargalhei!
De resto, na minha opinião, debate não muda muita coisa, não. Vale como entretenimento para as duas torcidas. Mas isso não quer dizer que não deve haver debates. É que como este governo é profícuo em escândalos, impossível que o tema da corrupção não predomine nas discussões. E eu até achei que o Alckmin - perdão, Geraldo - falou pouco dos escândalos antigos, como o dinheiro do Duda Mendonça et caterva.
Plano de governo, mesmo, muito pouco. O Lula estava com cara de quem entornou todas e dormiu a tarde inteira.
Vamos aguardar o próximo. Se o picolé de chuchu repetir o desempenho de ontem, já estará de bom tamanho.
terça-feira, outubro 03, 2006
Enfim, campanha eleitoral
Copio aqui artigo do economista Gustavo Ioschpe, na FSP de hoje, com quem concordo integralmente.
Que comece
O BOM DE haver segundo turno para a eleição presidencial é que talvez a campanha comece. Até agora, a impressão que se tinha era que esses candidatos estavam concorrendo à Presidência de um país escandinavo, em que tudo está resolvido e basta dar continuidade aos programas, mudando detalhes, para que o país continue no rumo tranqüilo do desenvolvimento sustentado em que se encontra. Há ao menos dois grandes temas que têm de ser abordados nessa reta final: modelo econômico e corrupção.
O Brasil vem patinando há 20 anos, enquanto o mundo tem passado por momentos de pujança não vistos talvez desde o final da Segunda Guerra. Os últimos quatro anos, especialmente, ofereceram uma combinação rara de cenário internacional favorável e sem crises e um aumento fenomenal no preço das commodities. Ainda assim, o Brasil não consegue aproveitar esses bons tempos.
Com sua política de juros reais estratosféricos, câmbio sobrevalorizado, ambiente institucional frágil e incapacidade de investimento público, seguimos adotando uma política de estabilização da moeda, de custos altíssimos, muito tempo depois dessa estabilização já ter sido conseguida. O programa que levou FHC à vitória em 1994 já estava com prazo de validade vencido em 1998, não fazia sentido em 2002 e hoje está literalmente morto, ainda que insepulto.
Os candidatos apresentarão propostas sobre como recolocar o país nos trilhos do crescimento? Alguém tem alguma idéia de como fazer o Brasil abandonar a posição de lanterninha de crescimento entre os emergentes? A nação espera. O segundo tema que precisa ser debatido e eviscerado é a corrupção. Sempre convivemos com ela, quando parecia se tratar de desvios de dinheiro público para fins privados. A situação piorou significativamente neste governo. Temos agora dinheiro público sendo usado para fortalecer um partido, temos mais de cem parlamentares envolvidos em um escândalo ou outro.
Temos vários políticos aparentemente buscando o Congresso apenas para obter imunidade. Nos aproximamos de um cenário em que a política é dominada pelo crime. E uma vez que ela se instala, cria um círculo vicioso difícil de romper: os corruptos legislam em causa própria; o Executivo vira um aliciador e transforma qualquer pacote de reformas em um leilão, transformando-se também ele em corruptor; gente séria fica cada vez mais desgostosa com a vida pública e se sente justificada em praticar a mesma bandidagem na vida privada. Com a eleição de Maluf e Collor, me pergunto se já não cruzamos o Rubicão.
Ou o próximo presidente bate com firmeza nessa questão ou seu mandato já nasce refém do balcão de negócios. A corrupção brasileira não é mais questão de moralidade. Já está corroendo as fundações da democracia. Alguém meterá o dedo na ferida ou têm todos o rabo preso?
GUSTAVO IOSCHPE é mestre em desenvolvimento econômico pela Universidade Yale (EUA)
Que comece
O BOM DE haver segundo turno para a eleição presidencial é que talvez a campanha comece. Até agora, a impressão que se tinha era que esses candidatos estavam concorrendo à Presidência de um país escandinavo, em que tudo está resolvido e basta dar continuidade aos programas, mudando detalhes, para que o país continue no rumo tranqüilo do desenvolvimento sustentado em que se encontra. Há ao menos dois grandes temas que têm de ser abordados nessa reta final: modelo econômico e corrupção.
O Brasil vem patinando há 20 anos, enquanto o mundo tem passado por momentos de pujança não vistos talvez desde o final da Segunda Guerra. Os últimos quatro anos, especialmente, ofereceram uma combinação rara de cenário internacional favorável e sem crises e um aumento fenomenal no preço das commodities. Ainda assim, o Brasil não consegue aproveitar esses bons tempos.
Com sua política de juros reais estratosféricos, câmbio sobrevalorizado, ambiente institucional frágil e incapacidade de investimento público, seguimos adotando uma política de estabilização da moeda, de custos altíssimos, muito tempo depois dessa estabilização já ter sido conseguida. O programa que levou FHC à vitória em 1994 já estava com prazo de validade vencido em 1998, não fazia sentido em 2002 e hoje está literalmente morto, ainda que insepulto.
Os candidatos apresentarão propostas sobre como recolocar o país nos trilhos do crescimento? Alguém tem alguma idéia de como fazer o Brasil abandonar a posição de lanterninha de crescimento entre os emergentes? A nação espera. O segundo tema que precisa ser debatido e eviscerado é a corrupção. Sempre convivemos com ela, quando parecia se tratar de desvios de dinheiro público para fins privados. A situação piorou significativamente neste governo. Temos agora dinheiro público sendo usado para fortalecer um partido, temos mais de cem parlamentares envolvidos em um escândalo ou outro.
Temos vários políticos aparentemente buscando o Congresso apenas para obter imunidade. Nos aproximamos de um cenário em que a política é dominada pelo crime. E uma vez que ela se instala, cria um círculo vicioso difícil de romper: os corruptos legislam em causa própria; o Executivo vira um aliciador e transforma qualquer pacote de reformas em um leilão, transformando-se também ele em corruptor; gente séria fica cada vez mais desgostosa com a vida pública e se sente justificada em praticar a mesma bandidagem na vida privada. Com a eleição de Maluf e Collor, me pergunto se já não cruzamos o Rubicão.
Ou o próximo presidente bate com firmeza nessa questão ou seu mandato já nasce refém do balcão de negócios. A corrupção brasileira não é mais questão de moralidade. Já está corroendo as fundações da democracia. Alguém meterá o dedo na ferida ou têm todos o rabo preso?
GUSTAVO IOSCHPE é mestre em desenvolvimento econômico pela Universidade Yale (EUA)
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