O professor Orlando Tambosi (link ao lado) publicou, há poucos dias, no seu blog um texto de um professor gaúcho explicando de forma não-técnica a teoria da relatividade, e Einstein. Isso me lembrou do que li num destes livros de divulgação: Fique por Dentro da Física Moderna. As famosas equações de Maxwell mostravam que a velocidade da luz era constante, independentemente de como estão se movendo os objetos e os observadores em relação a ela.
Na física clássica (newtoniana), a forma de se medir as velocidades dos corpos uns em relação aos outros é somando suas velocidades, se estão se aproximando, ou diminuí-las, se se afastam.
Mas isso não funciona para a velocidade da luz. As equações de Maxwell indicavam que a velocidade da luz era constante (c, quase 300 mil quilômetros por segundo), não importando a velocidade de sua fonte. Não havia a possibilidade de "c+1", por exemplo.
Ao contrário de muita gente que não deu bola para Maxwell, Einstein trabalhou com essa idéia e desenvolveu a teoria da relatividade restrita. Em termos matemáticos, a soma newtoniana das velocidades é assim: V= v1+v2.
Já a de Einstein/Maxwell é um pouquinho mais complicada: V= (v1+v2) sobre [1+(v1v2)/c2]. Este c final é ao quadrado.
O curioso é que a fórmula da relatividade funciona perfeitamente igual a de Newton para velocidades baixas, quando comparadas à da luz. Ou seja, a fórmula da relatividade poderia ser considerada uma mais ampla e completa, englobando a anterior - o que em história e filosofia da ciência é uma avaliação muito controversa.
2 comentários:
Salve, ph,
obrigado pela lembrança (e observo que ainda não modificaste o Iconoclasta, que há muito tempo mudei para "Blog do Tambosi", embora sem perder o tom iconoclástico).
Aproveito para lembrar que o filósofo R. Nozick, no belo livro escrito pouco antes de morrer (Invariances - the structure of the objecive world) lembra que Einstein se arrependeu de não chamar sua teoria da relatividade de "Invariantentheorie". Nozick foi à física para tratar do conceito de objetividade, procurando responder à questão sobre quais as transformações admissíveis para que algo continue sendo objetivo. Trocando em miúdos, os "fatos" são invariantes em relação a algumas variações, e isto é o que determina seu caráter objetivo (ou seja: algo permanece de "absoluto").
Abs., Tambosi
Metafísica, das boas, claro.
Ôps, saiu muito lembra aí em cima...
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