quinta-feira, outubro 04, 2007

Apagando velinhas

Uma pessoa especialíssima faz aniversário hoje: minha mãe! Parabéns, D. Janete! Vida longa, saúde e paz de espírito.

Tem gente que diz que mãe é tudo igual. Não acho, não. Conheço algumas que não fizeram pelos filhos metade do que minha mãe fez por mim e por meus quatro irmãos. Começou a trabalhar muitíssimo cedo. Foi a única, dos dez filhos de minha avó, a estudar. Para isso, teve que trabalhar como empregada na casa de uma família rica. Perseverou e concluiu o colegial.

Casou cedo e teve filhos cedo. Fui o primeiro. A faculdade, concluiu depois de casada. Estudava nas férias em Florianópolis. Era o que havia disponível naquela década de 70. Não havia, como hoje, faculdades no Vale do Araranguá.

Eram tempos duros. Acordava cedinho, lá pelas 5h, deixava a comida quase pronta e a casa limpa. Dava aulas o dia inteiro, e o trabalho continuava em casa. Se hoje não é fácil cuidar de quatro filhos, imagine naquela época. Ia até tarde da noite corrigindo provas e trabalhos de classe. Um sacrifício só. Tudo isso custou a ela alguns problemas de saúde.

Meu pai não era propriamente um parceiro nas atividades domésticas, para dizer o mínimo. Mas sempre foi um excelente pai, com o qual sempre contamos, em todos os momentos. Também ele foi o único a estudar na família de meu avô.

Em resumo, meu pai e minha mãe são bons exemplos de que o esforço individual é o único caminho legítimo para o sucesso. E que somos resultados de nossas escolhas. Não adianta ficar choramingando. Se minha mãe fizesse isso, não teria estudado e alcançado um relativo conforto agora que chega aos 58.

Um comentário:

Anônimo disse...

Pois mande um abraço apertado pra dona Janete. Tudo de bom e muitas felicidades.
Marcelo Santos