terça-feira, outubro 09, 2007

Passagem só de ida, por favor

Eis mais um caso que explica por que, se me deixarem, vou embora "deffepaiff" logo, logo. Recebi hoje uma comunicação da Receita Federal sobre meu IRPF ano base 2004. Ainda não recebi a restituição daquele ano. A RF me alegava que o rendimento que informei estava diferente do informado pela fonte pagadora. Ora, só havia recebido o salário da prefeitura de São Paulo. Agora, a RF me lembra que também recebi grana de uma tal Sociedade Educadora Anchieta. É verdade que lecionei para a Faculdade Anglo Latino no primeiro semestre daquele ano. Mas há um detalhezinho: eles não me pagaram! Deram-me um calote - o terceiro que tomei na minha vida profissional.

Em resumo, eles não me pagam, mentem para a Receita, e eu ainda tenho que pagar imposto por uma renda que não tive!!! Como sou um idiota, perdi o prazo para entrar com processo na Justiça contra aqueles picaretas. Agora, nem posso alegar que estou cobrando a dívida. Mas quero ver eles provarem que me pagaram. Mas vou ter que recorrer. Dá uma incomodação dos diabos.

Falei antes que esse foi o terceiro calote que recebi. Os outros dois foram de "idôneos" empresários de comunicação. O primeiro foi do jornal Indústria & Comércio, do Paraná, e o segundo, da Gazeta Mercantil - ambos tocados por dois picaretas profissionais. Otoni é visto dirigindo carrões importados em Curitiba; não tem bens no próprio nome para não serem tomados pelas centenas de ações judiciais nas quais é réu. Já o picareta Luiz Fernando Levy passou a Gazeta Mercantil para outro não menos picareta, Nelson Tanure. Não é preciso dizer que nenhum dos dois quer saber de pagar a dívida trabalhista que deixaram para trás. Levy deu golpe em centenas de pessoas - boa parte jornalistas - e continua a levar sua vidinha nababesca.

Se me pagassem o que me devem, o dinheiro seria suficiente para comprar um muito bom apartamento aqui em Balneário Camboriú - onde o metro quadrado custa caríssimo. Ganhei os dois processos, mas as chances de receber são remotíssimas. Aqui, no país da picaretagem, vigarista profissional de colarinho branco não paga dívidas; cadeia, então, nem se fala.

Enfim, esse é o brasilzão. Nunca vai ter jeito. O jeito, então, é se mandar daqui. Motivos não faltam.

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