A primeira vez a gente nunca esquece, mesmo. Foi no sábado passado. Ele começou, gentilmente, falando de relações e terminou no limite. Não é nada disso que vocês estão pensando. Sou espada, pô, ou melhor, facão. Estou falando do meu curso intensivo de economia. No sábado, tive minha primeira aula de "limite", no curso de cálculo. Como não aprendi essas coisas no segundo grau e nem na graduação, tudo é novidade. Não sabem vocês a alegria que fiquei ao resolver a primeira funçãozinha de limite.
Mas o professor tratou de jogar uma água fria: isso é só o começo, depois piora bastante. Derivada, integral, equação diferencial...
O professor não é exatamente um craque em matemática, mas disse umas coisas interessantes. Por exemplo: "os melhores livros de matemática são os que têm menos números". Outra: matemática não é número. A grande parte do que hoje se relaciona com matemática pode ser mais adequadamente chamado de computação, ou seja, o ato de calcular. Matemática, mesmo, é a lógica.
Em teoria dos conjuntos, por exemplo, você pode trabalhar só com conceitos. Sabe aquelas coisinhas básicas de "união" e "intersecção" que todo mundo acha que é moleza? Pois isso é a essência da matemática e um dos ramos mais difíceis. O professor brinca dizendo que vai começar de leve, com teoria dos conjuntos, coisa e tal, mas a coisa vai ficando feia à medida que se vai fazendo operações com conjuntos. Aliás, os principais problemas de contradição na mátemática com os quais os matemáticos se debateram no começo do século XX estavam justamente na teoria dos conjuntos, da qual parte toda a aritmética.
Depois o mestre deu uma aliviada. Disse que, na verdade, considera derivada muito mais simples do que teoria dos conjuntos; disse que é só uma questão de calcular, de seguir a técnica. Tomara.
2 comentários:
Isso, PH:
os visitantes pegam uma beirada da aula que freqüentas.
Abs., Tambosi
Cá estive. Abrz!
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