Entrevista muito interessante esta da Veja.
Por quase dois anos, a jornalista americana Norah Vincent trocou sua identidade feminina pela de um homem.
"Ao ver de perto como os homens se comportam, desmontei a idéia muito propalada entre as mulheres de que tudo na vida é mais fácil para eles. Essa descoberta, confesso, foi um choque. A condição sexual sempre foi vista como um peso muito maior para as mulheres do que para os homens. As feministas queimaram sutiãs nos anos 60 para exorcizar isso. Mas os homens também têm de corresponder a tudo que se espera deles, o que pode resultar numa ansiedade brutal."
"O homem goza de péssima reputação nos dias de hoje. O mundo tende a ver a masculinidade como um desvio politicamente incorreto, assim como vê os brancos ocidentais como vilões por terem colonizado outros povos. Não faltam advogados de defesa dos negros e das lésbicas, mas o macho branco ocidental – e heterossexual, claro – é sempre demonizado. Espero que meu trabalho ajude a ver que é uma bobagem enxergar o mundo por esse prisma estreito."
"De forma geral, é mais fácil ser mulher. Pela natureza da vida social, as mulheres têm de fazer menos esforço para se arranjar – é só esperar até que os caras se aproximem e façam a corte. Se eles tiverem a sorte de não levar um fora, precisarão ainda gastar muita conversa – além de pagar a conta – antes de chegar aos finalmentes."
Como vêem, ela, que se diz homossexual, realmente entendeu as coisas.
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