Minha solidariedade à colega Elvira Lobato e ao jornal Folha de S. Paulo, vítimas de uma campanha sórdida da "igreja" Universal e da Rede Record. Não me venham com essa conversa fiada de que elas têm direito de recorrer à Justiça por se sentirem ofendidas por uma matéria da Folha. É claro que têm.
O problema é que não se trata de uma ação, mas de um conjunto delas orquestradas pela "igreja" por todo o país, principalmente em lugares de difícil acesso, na região Norte. Algumas audiências são no mesmo dia, o que impede a presença dos réus, que podem ser condenados à revelia. A sorte é que há juízes inteligentes que percebem o ardil. Um deles já condenou a igreja por litigância de má fé. Como bem lembrou o ministro Celso Melo, do STF, trata-se de "abuso do direito de demandar".
A intenção da "igreja" e dos fiéis não é condenar a jornalista e o jornal, mas puní-los com o simples fato de os obrigar a responder vários processos nos quatro cantos do país. É usar do aparato da Justiça para punir aqueles que não fizeram outra coisa senão dizer a verdade: "Universal chega aos 30 anos com império empresarial". E mais: é um aviso para os que se atreverem a mexer com a organização daqui para a frente.
E o presimente não vê atentado à liberdade de imprensa. Não é de se espantar, já que de democracia ele e o partido dele não entendem nada. Gostam é de uma ditadurazinha, desde que "de esquerda", claro. Ou melhor, desde que seja a deles.
PS. Aqui mais coisas interessantes sobre o caso. E aqui a matéria da Record, um exemplo de jornalismo isento.
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