Lewis Carroll é famoso por ser autor do clássico Alice no País das Maravilhas. E confesso que só o conhecia por isso. Eis, então, que me deparo, surpreso, com o nome dele no livro de lógica que usamos no curso de Lógica II, na UFSC. Isso porque, além da tal Alice, ele também criou um joguinho muito interessante - os doublets de Carroll.
A brincadeira consiste em partir de uma palavra e chegar a uma outra completamente diferente, seguindo uma única regra: trocar apenas uma letra por vez, formando sucessivas palavras diferentes. Por exemplo, partir de "gato" e chegar em "paio": gato, rato, raio, paio; ou de "sol" para "lua": sol, sul, sua, lua.
Esses são exemplos bem fáceis. Você consegue sair de "deusa"e chegar em "diaba"? Ou de "professor" para "estudante"?
Mas que diabos isso faz em um livro de lógica? Como bem explica o professor Cézar Mortari, autor de Introdução à Lógica, a coisa toda é parecida com os sistemas formais axiomáticos: as palavras iniciais seriam os axiomas, a partir dos quais deriva-se novas fórmulas, seguindo as regras formação.
Como vocês já devem ter percebido, o o livro do professor Mortari é ótimo. Ele trata de lógica formal com uma desenvoltura incrível. Vocês podem ter idéia do que se faz numa aula de lógica espiando os exercícios na página dele.
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