São Paulo está deserta. Nos quase sete anos que moro aqui, nunca vi a cidade tão vazia. O trânsito na Marginal Pinheiros, quando voltei pra casa, por volta das oito e meia, estava ótimo. Vim do Jaguaré até o aeroporto de Congonhas em 15 minutos. O problema no trânsito foi antes; por volta das seis da tarde o congestionamento passou dos 200 quilômetros.
Aqui em Moema, tudo muito quieto. A avenida dos Bandeirantes quase não faz barulho. O supermercado tinha só um caixa atendendo. Não foi oficial, mas um toque de recolher auto-imposto pela população.
O pânico começou à tarde, com uma onda de boatos. Diziam que a faculdade tal fora metralhada, que a empresa tinha sido saqueada... Escritórios e empresas diversas dispensaram os funcionários no meio da tarde.
Acho que houve uma reação exacerbada, claro, mas compreensível. As pessoas simplesmente não sabiam se teriam como voltar pra casa, já que os ônibus não circularam na zona sul. E também não queriam estar nas ruas à noite, já que não se tinha idéia do que poderia acontecer.
Neste exato momento, um silêncio incomum, daqueles típicos de cidade do interior.
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