quarta-feira, maio 17, 2006

Você foi meu herói

Hoje faz um ano que perdi meu pai. O que sou devo a ele e à minha mãe. Refiro-me mais à criação do que à herança genética. Quando tiver condições, escreverei mais sobre ele.
Não sou fã do Fábio Jr., mas sempre me emocionei quando ouvi esta música.


Pai, pode ser que daqui a algum tempo

Haja tempo pra gente ser mais

Muito mais que dois grandes amigos, pai e filho talvez

Pai, pode ser que daí você sinta, qualquer coisa entre esses vinte ou trinta

Longos anos em busca de paz....

Pai, pode crer, eu to bem eu vou indo, to tentando vivendo e pedindo

Com loucura pra você renascer...

Pai, eu não faço questão de ser tudo, só não quero e não vou ficar mudo

Pra falar de amor pra você

Pai, senta aqui que o jantar ta na mesa, fala um pouco tua voz ta tão presa

Nos ensine esse jogo da vida, onde a vida só paga pra ver

Pai, me perdoa essa insegurança, é que eu não sou mais aquela criança

Que um dia morrendo de medo, nos teus braços você fez segredo

Nos teus passos você foi mais eu

Pai, eu cresci e não houve outro jeito,quero só recostar no teu peito

Pra pedir pra você ir lá em casa e brincar de amor com meu filho

No tapete da sala de estar

Pai, você foi meu herói meu bandido, hoje é mais muito mais que um amigo

Nem você nem ninguém ta sozinho, você faz parte desse caminho

Que hoje eu sigo em paz ... pai

3 comentários:

Anônimo disse...

PH, meu querido, não há como não se emocionar com essa música... E isso que tu deves ao teu pai e à tua mãe chama educação, aquela educação de verdade, que não se limita aos ensinamentos escolares.
Quanto à ausência, é aquela história clássica, abordada novamente no Rei Leão (ah, os filmes que eu sou obrigada a assistir): eu estou vivo porque eu estou em você.
Abração.

Paulo Henrique disse...

Valeu, Ana, brigadão.
Espero que esteja tudo bem com vocês por aí na nossa Ilha.
abração

Anônimo disse...

Mestre, tiro meu chapéu.

Meu maior remorso na vida é ter deixado de falar com o meu pai há alguns anos (longa história, como todas acabam sendo). Ele não é o tipo de cara que eu admiro, mas o sangue dele corre solto na minha veia. Quando olho no espelho, vejo traços do rosto dele. Tenho impulsos semelhantes aos dele (alguns dos quais eu faço força pra evitar).

Por tudo isso, eu não consigo deixar de perder a compostura quando ouço uma música do Ian Gillan solo, cuja letra ele explica aqui:

http://www.gillan.com/wordography-21.html