domingo, novembro 30, 2008
sábado, novembro 29, 2008
Na Veja
sexta-feira, novembro 28, 2008
Em primeira pessoa - ou relatos da tragédia
quinta-feira, novembro 27, 2008
Itajaí
O soldador Eriovaldo Santos, 37, estava lá com a mulher e três filhos. A casa da família, no bairro São Vicente, está com água no teto. “Encheu rápido demais. Quando vi já estava entrando água em casa. Meu menino estava sendo levado pela correnteza, mas eu consegui sugurá-lo”, contou, chorando. Paraibano de nascimento, chegara a Itajaí há três meses, depois de sete anos em São Paulo.
Ao lado, Manuela Rodrigues, 27, contou que a mãe resistira quase três dias em cima da laje da casa até ser resgatada ontem à tarde. “Passou fome, frio e sede.” Mas, agora, no abrigo, todos estão alimentados e protegidos. “Aqui é muito bom. Temos boa comida, colchão e até medico”, elogiou Santos.
O drama das famílias desabrigadas não vai embora com as águas. Erinaldo Félix, 29, está no abrigo com a mulher e duas filhas pequenas e já pensa na volta para casa. Ele disse que não vai ser nada fácil ver a casa destruída. Além dos móveis e eletrodmésticos, a chuva também levou as compras do mês que ele acabara de fazer. “Vai ser outro baque.”
O quartel-general de socorro às vítimas de Itajaí foi montado no Pavilhão da Marejada. O vice-governador, Leonel Pavam (PSDB) disse que 12 mil colchões (dos quais dois mil nos próximos dois dias) e 280 toneladas de comida estavam a caminho dos municípios do Vale do Itajaí.
Uma das preocupações agora é com a segurança pública. Tem havido muitos saques a residências e ao comércio. O supermercado Maxxi foi saqueado por mais de mil pessoas. Os caminhões com donativos estão saindo do Pavilhão da Marejada sob escolta para evitar que sejam saqueados. Os detentos do presídio de Itajaí ameaçaram uma rebelião por falta de água e comida, mas a situação foi controlada pela polícia.
A economia do município também está seriamente afetada, principalmente por causa dos prejuízos do porto de Itajaí. Três dos quatros berços de atracação foram danificados pela força das águas. Fechado desde a última quinta-feira (20), as cargas continuam no pátio e não podem ser embarcadas nem retiradas até que as águas baixem. Cerca de US$ 33 milhões deixam de ser exportados por dia. O porto representa quase 70% da economia da cidade.
Solidariedade
Caminhões partem de Pernambuco, Mato Grosso, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul - para citar só alguns de que me lembro. Não tenho permissão pra falar em nome dos atingidos, mas agradeço a cada um que teve a grandeza de colaborar para amenizar o sofrimento de nossa gente.
Daqui de casa, foram: uma geladeira, um colchão, dois cobertores, duas caixas de leite, produtos de higiente e roupas - para ajudar pessoas que conhecemos e que perderam tudo o que tinham dentro de casa.
Os que moram longe e não conseguem doar materiais podem depositar dinheiro nas contas da Defesa Civil de SC - veja aqui. As doações já chegam a R$ 1,2 milhão, mas a devastação é enorme e ainda precisamos da ajuda de todos.
O Grupo RBS lançou a campanha Santa Catarina Solidária.
terça-feira, novembro 25, 2008
Tempestade
Resgate
segunda-feira, novembro 24, 2008
Uma tristeza só
Este desmoronamento foi em frente ao prédio onde mora um casal de amigos nosso, em Blumenau. O clima em todo o Vale do Itajaí é de muita tristeza. Agora à noite, vi na TV o depoimento de um homem que perdeu a mulher e as duas filhinhas no desmoronamento da casa, em Jaraguá do Sul. É chocante, devastador.
Não há quem não conheça alguém que não tenha sido atingido de alguma maneira por esta tragédia. Aqui em Balneário Camboriú, levamos as nossas doações ao abrigo do Centro Educacional Central, na rua 1822.
Na manchete da Folha
Escola no litoral recebe 300 desabrigados
PAULO HENRIQUE DE SOUSA
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CAMBORIÚ
MARIANA IWAKURA
DA REPORTAGEM LOCAL
Balneário Camboriú (85 km de Florianópolis) é um dos municípios mais castigados pelas chuvas que atingem Santa Catarina. O bairro dos Municípios, na divisa com Camboriú, às margens da rodovia BR-101, é o mais atingido. É dele a maioria das 300 pessoas abrigadas no Centro Educacional Central, no centro da cidade.
Uma delas é Inês Souza, 63, que relutara em sair de casa, mesmo com a água já na altura do peito. "Meu filho teve que me puxar para eu sair", contou. No início da tarde de ontem, ela teve uma crise nervosa porque o pessoal que cuida do abrigo não permitiu que ela voltasse para casa. Não havia como, já que a água continuava subindo. Mais calma, Inês aceitou sentar-se para lanchar. Ao lado, a filha Kátia disse, chorando: "É triste ver pessoas pedindo ajuda e você nada poder fazer".
Nos dois andares do colégio, as salas de aula viraram quartos improvisados. Para evitar que os colchões espalhados no chão ficassem úmidos, uma voluntária passava oferecendo sacos plásticos como proteção.
Os mais experientes colocavam colchões sobre filas de cadeiras, de frente umas para as outras, para evitar a umidade.Um sistema de alto-falantes anunciava a hora do lanche. Os voluntários passavam com tigelas com sopa, pão, bolo, biscoito, suco e salgados.
Alguns preferiram ir para o abrigo a recorrer a parentes, como o casal Gerson Santos, 37, e Angélica Rangel, 19, que chegou à escola na madrugada de ontem. "Perdemos tudo. Vamos ter que começar do zero", disse Angélica. Em janeiro, eles já haviam passado por uma outra enchente, mas menor.
Situação semelhante vive a família de Braz César Santana, 53. A casa dele e a dos três filhos, no município vizinho de Camboriú, foram completamente alagadas. "Perdemos tudo, até um jogo de sala novinho que ainda estava encaixotado."
Ele saiu de casa às 3h, com água pelo pescoço, e foi com a mulher para um albergue. Lá, encontrou os três filhos. Foram para a casa de uma amiga, que também acabou inundada.
Uma pessoa morreu em Guaratuba (litoral sul do Paraná) na noite de sábado em razão da chuva. A lanchonete de Jair Dias, 45, foi atingida pelo deslizamento de um barranco.Também no litoral, em Paranaguá (90 km de Curitiba), as chuvas causaram o desabamento de quatro casas, e o abastecimento de água foi cortado devido aos detritos.Um barco ficou à deriva na baía de Paranaguá, e seus tripulantes foram resgatados por volta das 6h de ontem.
domingo, novembro 23, 2008
Dilúvio
sexta-feira, novembro 21, 2008
Uma mente brilhante - 2
Entrevista com Alan Sokal
quarta-feira, novembro 19, 2008
De Caxias
terça-feira, novembro 18, 2008
segunda-feira, novembro 17, 2008
Saborosíssimo
sábado, novembro 15, 2008
sexta-feira, novembro 14, 2008
Ah, a mudança! - 2
segunda-feira, novembro 10, 2008
Ah, a mudança!
Pra mim, nenhuma surpresa. Agora, para os eleitores e simpatizantes dele...
domingo, novembro 09, 2008
Obscurantismo, terrorismo, barbárie
Um dos laboratórios do Instituto de Biociências da USP foi alvo de vândalos na noite de quinta-feira. Os criminosos deixaram a assinatura ALF (Frente de Libertação Animal, na sigla em inglês) no local, uma sala de cultura de células onde se faz pesquisa sobre malária. Na ação, fios de computadores foram cortados e vidros quebrados. Outra pichação dizia: "Nós voltaremos".Se for confirmada a autoria da ação, essa é pelo menos a terceira vez no ano em que grupos contrários ao uso de animais em pesquisas agem de forma violenta no país.Em agosto, a Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) sofreu uma ameaça de bomba, também assinada pela ALF. A denúncia do artefato interditou por cerca de três horas o quarteirão onde está localizado o prédio da universidade. E, em julho deste ano, durante a reunião anual da SBPC (Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência) em Campinas, membros de uma organização denominada Vegan Staff.org jogaram tinta vermelha na pesquisadora Regina Markus, da USP.No site do grupo, os integrantes dizem ter escolhido "cuidadosamente" a vítima do protesto e que o ato representava "a ciência suja de sangue". Ela coordenava no evento o núcleo de experimentação com animais de laboratório.Neste último caso, na USP, a porta da sala não chegou a ser arrombada -as pessoas teriam entrado pela janela.Mais de mil alunos, além de cerca de cem professores e 200 funcionários, circulam pelo Instituto de Biociências, onde fica a sala. Segundo o diretor do instituto, Wellington Delitti, a sala foi lacrada pela polícia e permanecia assim ontem.Ele não descarta, porém, a possibilidade de ter sido um "crime comum". "Quando a polícia liberar a sala será feito um inventário para saber se equipamentos foram roubados." Para Delitti, o instituto é vulnerável -fica isolado e guardas apenas fazem ronda no local.Ele pensa, no entanto, em realizar uma campanha educativa a respeito da importância do trabalho com animais.Segundo o diretor, o maior problema desse tipo de crime é a perda de dados científicos. "A malária mata milhões. Eles causaram um atraso na pesquisa e danos para muita gente."Na opinião do pesquisador Marcelo Morales, da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), o vandalismo na USP "não tem nada a ver com a discussão sobre a proteção aos animais". "São atos terroristas, e têm de ser punidos como atos terroristas", diz. Ele organiza atualmente uma campanha nacional para o esclarecimento sobre a pesquisa com animais que custará R$ 1,5 milhão e deve ser veiculada em dois meses na TV, em rádios e em cinemas.Morales ressalta que, se não houver punição, "daqui a pouco vai acontecer como nos EUA, onde pesquisadores estão sendo ameaçados".Renato Balão Cordeiro, farmacólogo da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), já previa que essas ações fossem ocorrer. Segundo ele, como os vários ativistas anônimos não podem mais sensibilizar vereadores, porque a Lei Arouca (que regulamenta o uso de cobaias em experimentos) já foi aprovada no Congresso, "eles começam a fazer essas sandices".Para Cordeiro, é urgente que a lei, sancionada em outubro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seja regulamentada.Muitos alunos da USP ainda não sabiam do ocorrido na tarde de ontem. Alguns opinavam que os autores deviam ser pessoas da própria universidade -que conheciam o local. A estudante de biologia Natany Bissiato, 18, soube do ocorrido ao conversar com veteranos. "Todos têm o direito de expressar sua opinião, mas acho que essa não é a melhor maneira."
(Via Blog do Tambosi)
quinta-feira, novembro 06, 2008
quarta-feira, novembro 05, 2008
segunda-feira, novembro 03, 2008
Muito a comemorar
Comemoração modesta: um peixinho à beira-mar. Uhm!
No sábado, os avós paternos dela comemoraram 65 anos de casados. Será que a gente chega lá??
Yankee do inferno
O vídeo anterior de George Carlin que postei abaixo não fez muito sucesso num certo ambiente de trabalho. Ok, ok, o comportamento dilbertiano reinante não é o mais afeito à iconoclastia, nem que ela seja bem-humorada. No fim das contas, perante o juízo refinado dos dilberts, eu não passo de um representante do imperialismo e cliente voraz do McDonalds em teras latino-americanas. Ai, que sono!
Pois bem, eis que encontrei um outro vídeo de Carlin. Se o primeiro era iconoclasta por tirar um baita sarro de todos os ecochatos deste planeta sempre em perigo, este agora promete ser ainda pior. Além de representante do imperialismo, passarei a enviado do Satanás, do belzebu, do chifrudo, do capeta, do tinhoso, do coisa feia...
Whatever. O engraçado é que, no vídeo, Carlin fala de algo que eu sempre falo para os mais chegados: por que diabos (ops!) é que as pessoas rezam por alguma coisa? Não seria essa uma tentativa de alterar os desígnios divinos? Afinal, Ele não é o todo-poderoso e não tem os desígnios de todos nós previamente determinados? Que perda de tempo!
domingo, novembro 02, 2008
Golpe na praça?
quinta-feira, outubro 30, 2008
A polícia politicamente correta
Este foi o meu comentário ao post dele: "Marcelo, o coronel está errado e certo. Errado ao não ter atirado no descornado, se de fato teve oportunidade. E certo ao dizer que a imprensa (sempre com os tais "movimentos dos direitos humanos) o massacraria por ter matado um cara sem passagem pela polícia. E daí?! A polícia tinha a obrigação de preservar a vida da vítima, não a do algoz. Houve uma brutal inversão de valores. Ou seja, o coronel erra de novo ao dar importância para o que a imprensa e os "movimentos dos direitos humanos" diriam sobre o caso. Aliás, não vi nenhum defensor dos "direitos humanos" protestar contra o assassino. Depois reclamam porque são acusados de só defender os "direitos humanos" dos bandidos."
Ou seja, a polícia foi politicamente correta e isso causou a morte de uma menina de 15 anos. Claro que a culpa é do assassino. Alguém pode dizer, com toda razão, que a culpa foi, claro, do assassino e que não se pode culpar a polícia. Claro que a culpa foi do assassino. Isso é que justificaria a intervenção policial violenta (o uso de um atirador de elite), depois de esgotadas as chances de negociação - o que já se configurara logo no segundo dia. Quanto ao desempenho da imprensa, recomendo a leitura do texto do Marcelo.
quarta-feira, outubro 29, 2008
One way racism
Em seguida, um outro cidadão sentado à mesa faz o comentário que acho o mais fundamental em toda esta campanha americana em que um negro tem todas as condições - e o dinheiro - para chegar à Casa Branca. Segundo ele, 90% dos negros votarão em Obama porque ele é negro. Tudo certo até aí. Mas se os brancos fizerem o mesmo com McCain, ah, isso sim é racismo!
Esse é só mais um exemplo do que eu chamo de "one way racism". Ou seja, o racismo é uma via de uma mão só. Só vale quando os negros são as vítimas. Nós tivemos aqui um exemplo disso, quando uma ex-ministra (ou secretária, sei lá) de Lula disse claramente que não considera racismo de um negro contra um branco.
O que está por trás de tal raciocínio? Curiosamente, não é a idéia, básica, de que todos são iguais perante a lei, sem distinção por qualquer de suas características físicas. Muita gente "progressista" considera plenamente aceitável dizer que vai votar em Obama porque ele é negro. Ou que vai ser benéfico para os EUA ter o primeiro presidente negro da história. Não vê nisso nenhum contrasenso em relação a todo o ideário anti-racista que, felizmente, parece estar avançando - pelos menos nas sociedades civilizadas.
Justificar o voto em Obama pela cor da sua pele é uma ofensa ao próprio candidato. Ele tem quase todas as qualificações para assumir a presidência da nação mais poderosa do planeta: é bem formado, culto, inteligente, elegante e um ótimo orador (já falei aqui que um discurso dele na campanha de John Kerry me manteve acordado por horas numa madrugada de 2004). Mas lhe falta uma: experiência administrativa.
Apesar disso tudo, considero Barack Obama um fenômeno de mídia - no Brasil, comparável a Fernando Collor. Caiu nas graças da imprensa por ser um candidato cem por cento politicamente correto. As duas campanhas nos brindaram com peças de propaganda que entrarão para a história. Collor e seu "caçador de marajás". Obama é ainda pior: "nós podemos". Tão sólido quanto uma bolha de sabão.
Uma observaçãozinha, antes de terminar. Uma pesquisa da Reuters de ontem ou anteontem trouxe uma diferença de menos de 4% entre os dois. Ou seja, empate técnico. Quer dizer que mesmo com a avassaladora e milionária campanha o Obama vai ganhar - se ganhar - apertado? McCain não é tão fraco assim.
Mantega, o visionário
Mantega é um dos piores entre os que já vi ocupar aquele cargo. Cada entrevista dele é motivo de risada para os que entendem de economia - o que não é o meu caso. Com aquela animação que lhe é peculiar, decorada com um indefectível sorriso amarelo, desfia ladainhas do mais puro senso comum.
Ontem, para tentar animar os "consumidores", contou que comprou um imóvel. Em quantas vezes, ministro? Cem? Não, não, em dez prestações, diretamente com o proprietário. Viram como é que se faz? Vocês que não compram uma casa em dez vezes são um bando de idiotas.
O cara queria animar o mercado e acabou confessando que também não se arrisca na crise. Como é que tamanha cavalgadura dá aulas numa das principais universidades do país, eu não sei. Aliás, sei, sim. Lá, há muitas cavalgaduras como ele.
domingo, outubro 26, 2008
À frente, o atraso
Vejam, por exemplo, a que ponto chegou uma das maiores universidades brasileiras. Depois do cara que meteu a mão no dinheiro da pesquisa pra montar um apartamento luxuoso, agora é a vez de um grande pesquisador assumir a reitoria da UnB. Vejam só o currículo da figura!
Bom, isso nem chega a me surpreender. Assim como a aqueles que leram esta matéria que eu fiz pro Valor Econômico, em 2006. A picaretagem já está instalada naquela "universidade" há muito tempo.
Ah, dêem uma espiada no nível dos comentários no blog do professor Marcelo Hermes, um dos que ainda se preocupam em combater a mediocridade que grassa pela UnB. Há, inclusive, ameaças. Gente de baixíssimo nível. Um deles, inclusive, acusa o professor de passar informação para o "império" pelo fato de publicar em inglês. A UnB vai passar a ter um campus em cada acampamento do MST. É o brasilzão a caminho do obscurantismo total.
sexta-feira, outubro 24, 2008
Ecos da ditadura
Eu sou jornalista formado e defendo o fim da exigência do diploma. O mercado é quem deve dizer que tipo de profissional pode ou não trabalhar em jornais, revistas, TVs, internet, etc. O resto é conversa de sindicalista.
terça-feira, outubro 21, 2008
Virou moda
O Marcelo Soares catalogou outros muitos casos recentes.
Aula de lógica
Esta é uma aula razoável sobre lógica formal. Na verdade, dedução natural. É a segunda parte de uma série longa, disponível no youtube (não coloquei a primeira parte porque é dispensável). Se quiserem assistir às seguintes, é só procurar ali mesmo.
Gianetti quer salvar o planeta
O Osame Kinouchi, do SemCiência, desconfia que Eduardo Gianetti virou esquerdista. Pela entrevista acima, pode-se ver que essa não é uma desconfiança sem fundamento. Gianetti parece ter caído no lugar comum do esquerdismo moderno - a paranóia ambientalmente correta.
Dá uma olhadinha no vídeo abaixo, Gianetti.
Save the planet
O chiste - ou deboche - é sempre a crítica mais contundente. Este é o melhor vídeo a que já assisti sobre a paranóia ambientalista.
(Via DVeras)
segunda-feira, outubro 20, 2008
Newton da Costa - parte 1
O professor Newton da Costa é um dos maiores lógicos do mundo e um dos pesquisadores brasileiros mais citados no exterior.
sábado, outubro 18, 2008
quinta-feira, outubro 16, 2008
Coincidência
Se somarmos a isso os casos em que um único candidato levou 100% dos votos do município teremos evidências fortes de fraude eleitoral em tempos de urna eletrônica.
quarta-feira, outubro 15, 2008
Quarta-feira negra
Mágica eleitoral
Em tempos de urna eletrônica, as fraudes migraram dos chamados "votos-carbonos", "votos formiguinhas" e outros tantos para coisas mais complexas, como a transferência de domicílio eleitoral. Em municípios pequenos, onde a diferença de votos numa eleição para prefeito fica abaixo de 100, trazer eleitores de fora pode fazer toda a diferença.
E o que me chama mais a atenção é que a Justiça Eleitoral não está nem aí. Os partidos é que são obrigados a vigiar uns aos outros. A Justiça Eleitoral está mais preocupada com a escolha dos eleitores. Passou a campanha toda nos enchendo a paciência com aquela campanha do voto consciente - aquela dos quatro anos. Justiça eleitoral não tem nada que se meter no voto dos eleitores. Eles que decidam como quiserem.
A Justiça deveria era se preocupar com a lisura da votação. Como é que um colégio eleitoral cresce quase 20% em dois anos e a Justiça não desconfia de nada?!
quinta-feira, outubro 09, 2008
A Lógica no país das maravilhas
A brincadeira consiste em partir de uma palavra e chegar a uma outra completamente diferente, seguindo uma única regra: trocar apenas uma letra por vez, formando sucessivas palavras diferentes. Por exemplo, partir de "gato" e chegar em "paio": gato, rato, raio, paio; ou de "sol" para "lua": sol, sul, sua, lua.
Esses são exemplos bem fáceis. Você consegue sair de "deusa"e chegar em "diaba"? Ou de "professor" para "estudante"?
Mas que diabos isso faz em um livro de lógica? Como bem explica o professor Cézar Mortari, autor de Introdução à Lógica, a coisa toda é parecida com os sistemas formais axiomáticos: as palavras iniciais seriam os axiomas, a partir dos quais deriva-se novas fórmulas, seguindo as regras formação.
Como vocês já devem ter percebido, o o livro do professor Mortari é ótimo. Ele trata de lógica formal com uma desenvoltura incrível. Vocês podem ter idéia do que se faz numa aula de lógica espiando os exercícios na página dele.
quarta-feira, outubro 08, 2008
Melhor texto que li sobre a crise
Via De Gustibus.
terça-feira, outubro 07, 2008
Notas de viagem
Na semana em que a crise recrudesceu, estávamos em Londres. É claro que tive tempo para ler jornais detidamente, mas, ao chegar em Paris, comentei com a Renata de que tinha impressão de que os europeus estavam achando graça da desgraça americana. Pelo que diziam algumas autoridades da EU, estariam imunes à crise. Seria a vitória do "modelo europeu" - seja lá o que for que isso signifique - sobre o americano. Dois dias depois, a CNN e a BBC só falavam nos bancos europeus que agonizavam.
Comprei a The Economist na manhã da sexta passada, antes de embarcar para Milão. Estava lá, em "Lessons from a crisis", maravilhosamente ilustrada com um desenho de Sarkozy lendo Das Capital. "One by one, European leaders have lined up to hail the triumph of welfare over Wall Street. 'The idea that markets are always right was a mad idea', declared the French president, Nicolas Sarkozy. America´s laissez-faire ideology, as practised during the subprime crisis, 'was as simplistic as it was dangerous', chepped Peer Steinbrück, German finance minister. He added that America would lose its role as 'financial superpower'. The italian finance minister, Giulio Tremonti, claimed vindication for a best-selling book that he wrote earlier this year about the dangers of globalisation."
Dessa vez era eu quem ria. A crise chegara ao Velho Continente, e o texto da revista inglesa era o único alento. "Step foward, Peer Steinbrück, Germany´s finance minister, who rashly declared on September 25th tha America was 'the source... and the focus of the crisis', before heralding the end of its role as the financial superpower. Within days, the focus shifted and Mr Steinbrück and his officials were obliged to arrange a 35 billion (euros) loan from German banks and the German government to save Hypo Real Estate, the country´s second-biggest property lender."
E por aí segue na ironia sobre os principais líderes europeus - ou melhor, da Europa Continental - que, independentemente de partidos, adoram o Estado.
segunda-feira, setembro 22, 2008
Recesso
sábado, setembro 13, 2008
quarta-feira, setembro 10, 2008
segunda-feira, setembro 08, 2008
Enfim, inverno
Heráclito estava certo
também pode agonizar
e perder seu brilho
em poucas semanas.
E não podemos evitar
que a vida trabalhe
com o seu relógio invisível
tirando tempo de tudo
o que é perecível"
(Biquini Cavadão)
quinta-feira, setembro 04, 2008
quarta-feira, setembro 03, 2008
Douta picaretagem
sábado, agosto 30, 2008
sexta-feira, agosto 29, 2008
Passei
Já tinha desencanado quando hoje recebi um e-mail da universidade informando que fui convocado na 16ª chamada! A matrícula é na próxima segunda-feira e nem sei se vou encarar mais esta.
O mais curioso é que, se eu tivesse optado pela cota de escola pública, a que tinha direito, teria pontuação suficiente para passar para qualquer curso da UFSC, com exceção de Medicina. Vejam só o nível dos alunos de escola pública!
quarta-feira, agosto 27, 2008
A maravilha da evolução
O Aluizio Amorim encontrou um vídeo muitíssimo apropriado para ilustrar o artigo de Pondé.
terça-feira, agosto 26, 2008
Ambiente nada científico
Quem tem medo do macaco?
A universidade é um dos lugares menos democráticos do planeta
QUEM TEM medo de Darwin? A religião, dirão os mais apressados. E com razão, se pensarmos na obsessão do debate Deus versus Dawkins.
A verdade é que na universidade esse problema é menor e esconde uma briga muito mais feroz. A briga com a teologia é menos significativa por duas razões básicas. A primeira razão é que o darwinismo é materialista como as ciências "duras" enquanto a teologia não é, e por isso ela toma de dez a zero.
A segunda razão é que a teologia é a louca da casa (vive de favor na universidade, não é ciência nem filosofia), relegada ao lugar de vender Jesus como um bom parceiro em lutas sociais ou um bom amigo quando você está deprimido, por culpa dos próprios teólogos que barateiam Deus. Com exceção da medicina, nenhuma "ciência" deveria se comprometer com a felicidade porque ela sempre fica boba quando faz isso. Explico-me: ou a teologia rompe com a "felicidade" ou ela será sempre ridícula.
A briga séria é entre o darwinismo e as teorias que negam qualquer influência biológica definitiva no comportamento humano. Existe um pânico contra a psicologia evolucionista e o macaco no homem e a macaca na mulher. E como a universidade funciona em lobbies, com perseguições e inquisições, facilmente você pode calar alguém se ele ou ela não concordar com você. A universidade é um dos lugares menos democráticos do planeta.
Essas teorias que temem o macaco afirmam que tudo no humano é socialmente construído. Obviamente essas teorias acham que salvarão o mundo, construindo seres humanos livres de seus instintos indesejáveis. Dizem elas: dê uma boneca cor de rosa pra meninos e eles crescerão pensando que são Cinderela. Se a boneca for um bebê, o menino terá desejos de amamentar bebês. Se ensinarmos as meninas a bater nos outros, elas serão como Clint Eastwood.
Desde a caverna a humanidade está dividida em machos e fêmeas, com variações aqui e ali, e que devem ser respeitadas na sua diversidade. De repente é a "ideologia" que ensina você a "escolher" o sexo. Mentira: ninguém "escolhe" o sexo. A palavra "ideologia" deveria ser acompanhada com frases do tipo "o Ministério da Saúde adverte...". A facilidade com a qual deixamos de falar em "sexo" e passamos a falar em "gênero" (sexualidade construída socialmente) revela a superficialidade da idéia.
Qual o problema desse delírio? Por exemplo, ele invade as escolas, e os professores um dia dirão para as crianças que não existem machos e fêmeas na espécie humana e que hábitos morais são "pura invenção".
Professores de escolas costumam se viciar em pensamentos da moda. Essas modas pioram as já difíceis relações entre homens e mulheres depois da emancipação feminina. Por exemplo, essas modas dizem aos homens: sejam sensíveis e chorem. O problema é que a sofrida macaca na mulher, assustada ancestralmente com o parto dolorido e arriscado, tende a ser seletiva na vida sexual. De nada serve a ela, nunca serviu, machos que choram. Aí o marido chorão "dança", apesar do "coro do gênero" dizer o contrário. Dizem "tudo bem se o homem for sustentado pela mulher".
Imaginemos nossas mulheres ancestrais com barrigas grandes tendo que caçar para homens-macacos preguiçosos. Elas até podem, mas não gostam. Será que por isso a imagem de força, segurança e experiência entusiasmam nossas mulheres normais? Fêmeas promíscuas ficavam mais grávidas e há 100 mil anos isso aumentava o risco de morrer de parto e de carregar crias pesadas.
Sexo é fisiologicamente caro para as mulheres e barato para os homens, e isso não é ideológico. Nossas fêmeas inteligentes perceberam isso e "transmitiram essa natureza perspicaz para sua prole feminina". Na savana africana, deveria existir uma luta pelo direito ao pudor.
O fato é que ninguém sabe onde começa e termina a relação entre natureza e cultura. Qualquer afirmação nessa área é pura especulação. Um pouco de senso comum ajudaria os profetas da "natureza zero" serem menos delirantes: seria normal imaginar que somos uma mistura de natureza e cultura, coisa que qualquer pessoa comum sabe.
O lançamento da coleção de DVDs "Evolução" (ed. Duetto) é boa chance de conhecer o darwinismo sem medo e com bela apresentação visual. Da próxima vez que você for ao zoológico, olhe no olho de um chimpanzé e veja se não parece haver ali uma alma encarcerada como a sua.
Artigos imperdíveis
segunda-feira, agosto 25, 2008
Paisagens da minha terra
Este cenário maravilhoso fica no Vale do Araranguá, na divisa de Santa Catarina com o Rio Grande do Sul. Um espetáculo!
quinta-feira, agosto 21, 2008
Jornalismo e hipóteses
Além, claro, das tragédias das famílias envolvidas, gostaria de analisar esses episódios do ponto de vista jornalístico. Em uma lista de jornalistas na internet, eu cheguei a sugerir que valeria a pena dar uma olhada mais de perto nesta história toda. Alguém replicou que apenas dois acidentes não significavam problema com os carros. Of course!
O que eu sugeri é que o assunto fosse investigado. Um jornalista deve ser aquele tipo que sempre duvida das coisas. Por isso é que somos chatos por excelência. Um bom repórter deve ter sempre uma pergunta na cabeça: "Será, mesmo?"
No caso dos dois acidentes, terá sido apenas coincidência? É um bom exemplo de que jornalista deve saber trabalhar com hipótese - e não com "tese", como se diz equivocadamente entre os coleguinhas. O que, num primeiro momento, pode parecer paranóia, pode se revelar uma boa história.
Buenas, mas onde estou querendo chegar? Aqui! A Honda fez um recall dos modelos Civic e Fit anos 2008. Um problema na válvula de combustível pode parar o motor. "[...]Algumas unidades podem apresentar vazamento e, em casos extremos, ocasionar a parada do motor, existindo eventual risco de acidente".
Claro que não há, ainda, - e pode nunca haver - relação entre o problema relatado pela empresa e os dois acidentes mencionados, mas é preciso levar essa hipótese em consideração. Mas apurar uma coisa dessas dá muito trabalho, e eu não estou em nenhuma redação de jornal.
quarta-feira, agosto 20, 2008
sexta-feira, agosto 15, 2008
A coisa não tem limite
quarta-feira, agosto 13, 2008
Boteco virtual
Então, somos um povo chegado em tecnologia? Mas de que modo usamos essa tecnologia? A grande maioria dos brasileiros internautas resume a navegação aos serviços de bate-papo e de relacionamento. OK, não há problema nenhum em usar a tecnologia para facilitar a comunicação; é uma de suas funções.
Mas não será a internet sub-utilizada pelos internautas brasileiros? No puro "achismo", acho que sim. Outro dia um colega me disse que, se estamos entre os maiores usuários do Orkut, por outro lado, não somos assíduos freqüentadores da Wikipedia - como fornecedores de informação, não como usuários.
Onde é que eu quero chegar com isso? Queria saber qual o percentual de internautas que usam a rede para estudar (estudar mesmo, não copiar material)? Aprender uma outra língua, por exemplo. Ou fazer um curso à distância. Há farto material na rede, principalmente em inglês. Aí está outra limitação à atuação dos brasileiros; poucos sabem ao menos ler em inglês. Em resumo, a internet, para nós, brasileiros, não passa de um boteco virtual, onde só falta a cerveja gelada.
terça-feira, agosto 12, 2008
domingo, agosto 10, 2008
Demorou, mas chegou
A Casa Branca explicou que o manual anti-gafe no Canadá foi elaborado para os assessores menos graduados - os bagrinhos - e não para o presidente. OK, then.
sábado, agosto 09, 2008
sexta-feira, agosto 08, 2008
terça-feira, agosto 05, 2008
Canadá
Espírito olímpico
Espero ver mais protestos de atletas contra a ditadura chinesa. Que sejam tão duros com os chineses quanto são com Cuba.
Na terra dos barnabés
Thu Jul 24, 2008 12:08pm EDT
By Raymond Colitt
BRASILIA (Reuters) - Late into the night, students diligently
rehearse exam questions at dozens of schools in downtown Brasilia
that offer people the chance for a better, more prosperous life --
that of a Brazilian bureaucrat.
Generous pay, stability, and often easy hours will attract
applications from as many as 10 million people this year for civil
service jobs. Brazilians often refer to getting a government job as
catching the "train of happiness."
In a country with glaring poverty, grossly inadequate public
services and a towering public debt, civil servants do very well, as
the many luxurious homes with pools, servants and shiny cars in the
capital Brasilia's residential areas show.
There are an average of 700 applicants per job and some candidates
study for years to pass an entry exam.
"My parents are civil servants and I want the pay and security they
have so I can buy a house and other things," said Rodrigo Hugueney,
a 19 year-old law student in the capital Brasilia. He is applying at
one of the two state-owned banks.
The problem is that Brazil's bloated public sector is a burden on
business and the economy, leaving little money to invest in
education or infrastructure.
Business leaders frequently complain about excessive red tape and
the complex maze of requirements they face in getting environmental
licenses of even filing their taxes. Rather than slashing jobs, the
government is adding more.
Despite an economic boom in recent years, Brazil ranks poorly in
international competitiveness comparisons, due mostly to an unwieldy
state apparatus that consumes about 38 percent of gross domestic
product.
An accountant or administrator in one of the gray-green ministries
that flank the main avenue of Brasilia's government quarters can
earn more than 10,000 reais ($6,330) a month, or roughly 20 times
the minimum wage.
A police inspector or public prosecutor can bring home twice as
much, the equivalent of around $150,000 a year. In contrast,
Brazil's per capita national income stands well below $10,000
annually.
In addition, most civil servants cannot be fired unless they break
the law and many receive pensions worth 100 percent of their last
salary upon retirement.
Such benefits resulted mostly from years of pressure by unions and
politicians eager to satisfy their constituents.
In some government agencies, such as the Federal Police or National
Revenue service, rigorous hiring, training and performance controls
improved efficiency.
But many areas remain plagued by incompetence, overstaffing and
corruption, says Jose Matias Pereira, a public administration
professor at the University of Brasilia.
"The public sector needs a major reform, a more corporate
management. But, unfortunately, that's not in sight," he said.
TWO-HOUR LUNCHES
Experts say the work ethic has improved in recent years but remains
lax, and two-hour lunches still cause traffic jams at midday in
Brasilia.
"People don't hang their coats and leave for the day anymore --
things have changed," said Jose Wilson Granjeiro, who was a civil
servant for 17 years and runs a school to prep candidates in
Brasilia.
"Now you work six hours or whatever and then do another job, you can
easily double your income," he added.
Only a public outcry this month stopped ruling party and opposition
senators from appointing themselves another well-paid staffer each,
posts widely thought to favor friends or political allies.
Opinion polls show that less than 1 percent of Brazilians trust
Congress, which has been plagued by corruption scandals.
President Luiz Inacio Lula da Silva, a former union leader, cut some
pension benefits during his first year in office but since has hired
as many as 95,000 civil servants and is expected to hire 56,000 more
by next year in part to help replace cheaper, outsourced labor.
Despite the tax burden, union leaders are pleased.
"We're rolling back privatization, which wanted to cut our
benefits," said Sergio Ronaldo da Silva, director of the Condsef
civil servants confederation.
(Additional reporting by Ana Paula Paiva; Editing by Kieran Murray)
segunda-feira, agosto 04, 2008
Massacre
Alguém deveria estudar isso seriamente. Agora vejam quantos morreram só no último fim de semana nas estradas catarinenses. Isso em plena vigência da "lei seca"!
UFSC entre as melhores
Via blog do gaúcho Cristiano Costa :)
Economia é isto
quarta-feira, julho 30, 2008
Coisa de primeiro mundo
terça-feira, julho 29, 2008
Incrível
Esta é uma simulação de um incidente de um vôo da Air Canada. Vejam só a perícia destes pilotos. Precisávamos de alguém assim pilotando "effepaiff".
(Via building bridges)
segunda-feira, julho 28, 2008
Com a boca na botija
Se mais motoristas fizessem como o caminhoneiro da matéria linkada, faltaria cadeia para botar todos os policiais corruptos. Mas a maioria prefere molhar a mão dos guardinhas, mesmo.
Parabéns!!
domingo, julho 27, 2008
Alguma coisa etsá froa da odrem
E5T3 P3QU3N0 T3XTO 53RV3 4P3N45 P4R4 M05TR4R C6MO NO554 C4B3Ç4 CONS3GU3 F4Z3R CO1545 1MPR3551ON4ANT35! R3P4R3 N155O! NO COM3ÇO 35T4V4 M310 CO4PL6C4DO, M45 N3ST4 L1NH4 SU4 M3NT3 V41 D3C1FR4N8O O CÓD1G3 QU453 4UT7M4T1C4M3NT3, S3M PR3C1S4R P3N54R MU1T5, C3RTO? POD3 F1C4R B3M OR5UL1O5O D155O! SU4 C4P4C1D4D3 M3R3C3!
Não é fscianante?
sábado, julho 26, 2008
A última aula
Do Folha online:
Morreu nesta sexta-feira (25) o professor norte-americano Randy Pausch, 47, que ganhou fama em razão do vídeo de sua "Última Aula", ministrada poucas semanas após ele ter descoberto possuir um câncer grave. O filme virou "hit inspiracional" na internet.
quarta-feira, julho 23, 2008
sábado, julho 19, 2008
sexta-feira, julho 18, 2008
Incendeia
Do Painel da FSP:
Profilático. O objetivo da divulgação seletiva da fita da reunião que decidiu pelo afastamento de Protógenes Queiroz da Operação Satiagraha, diz um palaciano, foi "fazer as pessoas desconfiarem de quem passa informações incendiárias". Um alvo é o "Jornal Nacional", da Globo, cujas edições irritaram o governo.
"Incendiárias", é bom que fique claro, são todas as informações que desagradam a este governo muito democrático. Ou, ainda, aquelas jornalisticamente relevantes.
Inteligência no futebol?
Xico Sá, na FSP.
AMIGO TORCEDOR , amigo secador, comovente quando alguém, no mundo do futebol, usa a inteligência uma vez só, como na canção de Roberto e Erasmo. Só na guerra o homem consegue cota de estupidez maior que no esporte. Somos tapados, burros de tropeiros quando esse gênero de paixão nos abate como a uma desprotegida mocinha de Paranapiacaba.
O futebol nos une na estupenda jumentice existencial. Boleiros, torcidas, homens da latinha, gente da crônica e todos os cavaleiros de mesas redondas. Do mais crítico ao mais jabazeiro, digo, os Faustos ludopédicos que vendem até o vento engarrafado. Embora ajam mais por "malandragem regular profissional", para citar o evangelho segundo Chico, do que por qualquer religião ou crença, até os cartolas fogem um segundo da estupidez humana.
Repare no caso do Santos, o maior time de todos os tempos, o único capaz de parar uma guerra, como se deu em 1969 no Congo Belga, quando Pelé valia mais do que todos os falsos poderosos da ONU. Quando todos nós, por perversão ou burrice, achávamos que Cuca seria demitido, a diretoria decide mantê-lo. Palmas! Devemos agradecer ao Cuca, quase um solitário no ramo que junta caráter e futebol bonito, pelo milagre da sua existência nos dias de ira. O mais louco é que esse mesmo Santos sem vitórias, sob o temor do rebaixamento, tem tido os mais incríveis lampejos de arte. O começo do jogo contra o Figueirense, com Kleber Pereira qual uma venenosa flecha negra, foi um espetáculo.
Contra o Grêmio, nem se fala, o Peixe teve de novo os melhores 15 minutos de todos os clubes do certame. Com um gol, de um dos tantos Michaéis da Vila, que mais parecia uma obra de Michelangelo.
Quem é melhor do que Cuca no futebol brasileiro? Creio que só o Muricy Ramalho, esse sim um gênio sem o foguetório do marketing e da falsa glória. Apesar da burrice de muitos torcedores, obra milagres. À prova de janelas européias, é o cara que dá certo na base do "já que não tem tu, vai tu mesmo". O São Paulo joga com mil desfalques, ele pega um moleque e diz: "Obedece à natureza, vai lá no rastro do que o outro fazia, como um vira-lata atrás de um tatu nas primeiras chuvas nos sertões, essas coisas que se repetem como quem anda nas mesmas veredas".
Aliás, chega de queixas à exportação de boleiros. Eu sempre blasfemava, até que uns sábios leitores, que usam a inteligência não apenas uma vez só, convenceram-me de que era uma baita chance para moleques subirem na vida. Basta pegar a balança comercial de humanos e ver que até o Icasa, meu time de infância em Juazeiro, exporta craques. É, amigo, no futebol, mais que o amor, é difícil usar a inteligência.
Como fez Caio Júnior, nosso Harry Potter, ao preferir o calor da massa rubro-negra à incomunicabilidade lastreada em petrodólares.
Mais vale um sorriso banguela de um flamenguista da praça Saens Peña que um ranger de dentes de ouro de um xeque. Sem se falar nas bundas, claro, que de tão lindas mal cabem nesta crônica. Mais vale meia bundinha na fila de uma padaria na Tijuca, cabelo cheirando a Neutrox, do que todos os mistérios guardados e todas as elipses de uma burca.
quinta-feira, julho 17, 2008
Matar, poooode!
Agora experimente roubar um sabonete! Ou, então, atrase o pagamento de impostos de sua pequena empresa. Isso não pode. É crime hediondo!
As impropriedades de Gilmar
quarta-feira, julho 16, 2008
Petralhas são contra investigação da PF
Engraçado. A mim ocorre justamente o contrário. As investigações não foram abafadas para impedir que chegassem ao Planalto e a outros gabinetes importantes da República? Ora, nesse caso, quem está contra a investigação está a favor de Lula. "Petralha", mesmo, é quem defende a libertação de criminosos só porque usam colarinho branco. É cristalino.
É claro que houve excessos na tal de Satiagraha - assim como houve em todas as outras. Não gosto do espetáculo, também. Mas, como diriam os "adevogados" é preciso discutir o mérito da questão. A Veja desta semana lista 20 escândalos dos governos FHC e Lula nos quais Dantas teve participação. Dantas não tem lado, não tem partido. Seu partido é o dinheiro - sujo, de preferência. Isso é jornalismo sério. Não fica escondendo informação só para dizer que o Lula é a razão de todos os males "defepaiff". Como os próprios petistas alegaram no escândalo do mensalão, eles são só mais alguns entre os bandidos da alta sociedade.
Aos fatos
De minha parte, pelo menos, não é. Odeio ditaduras. E o Judiciário é um dos poderes da República. Deve, pois, ser preservado.
Isso não quer dizer que não possa ser criticado. A minha crítica é para fortalecê-lo. Explico. Essa bagunça toda deve servir para que os critérios de constituição do STF - como de todos os outros tribunais - sejam revistos. Cada presidente da República se apressa em nomear o maior número possível de ministros. Quer, claro, ter homens de confiança na mais alta corte do país. Não esqueçam: Nelson Jobim já a presidiu!
Agora, coisa bem diferente é o que o Psol quer fazer: que os ministros do STF ouçam o "clamor popular" e revejam o habeas corpus concedido a Daniel Dantas. Ora, decisão judicial deve seguir a lei, não esse tal de "clamor popular". Mas o que esperar dessas viúvas do que um dia se chamou "socialismo" - que, na verdade, deu foi em ditadura.
Podemos criticar a forma como o tribunal é formado, sim, mas nunca desobedecer às suas decisões. Gilmar Mendes mandou soltá-lo? Pois solto deve ficar.
Tudo isso é mera opinião minha. Os fatos são muito mais interessantes. E eles estão aqui. E mostram que a celeridade com que tiraram Dantas da prisão é exceção na corte onde manda Mendes e já mandou Jobim, o homem que estuprou a Constituição.
terça-feira, julho 15, 2008
"Lá em cima" tá tudo dominado
Isso já havia aparecido de relance em outras matérias e me faz desconfiar de ministros do STJ e STF. Quando, em outro post, critiquei o STF, não foi para desmoralizar a instituição. Pelo contrário. Minha crítica é justamente nos critérios adotados para compô-lo - a indicação política. Isso, sim, é que enfraquece a instituição.
Questionar o comportamento de ministros dos tribunais superiores não significa questionar o funcionamento da instituição, fundamental para o regime democrático.
As discussões sobre essa última operação da Polícia Federal têm, invariavelmente, tomado um rumo político. Os que são anti-Lula, criticam-na. Se a PF é do governo, do governo Lula, então devemos ser contra. Ao fazê-lo, esquecem-se de quem é Daniel Dantas.
O clima de arquibancada toma conta das mentes: se você critica alguém que também é criticado por um petista qualquer, automaticamente também se torna um deles. O maior chapa-branca do país, Paulo Henrique Amorim, criticou o STF? Você também criticou o STF? Ora, então você não passa de um sabujo tal e qual o jornalista governista. E assim segue o Brasilzão.
Minha crítica em relação ao STF é uma só: por que não age de maneira célere em todas as situações, seja lá quem for o pobre (ou rico) coitado que esteja precisando de um habeas corpus? Por que o STF manda soltar todos os manda-chuvas imediatamente? Por que não há nenhum deles preso (inclusive gente condenada, como Pimenta Neves)? Nem o Maluf!! Agora, experimente roubar um xampu!
sábado, julho 12, 2008
Aos amigos, a celeridade
Pode-se acusar Mendes de tudo, mas fez algo relevante: ao mostrar a quem continua servindo, deu início à discussão sobre por que os tribunais superiores são tão céleres em livrar a cara de bandido de colarinho branco. Enquanto isso, os não amigos dos ministros mofam na cadeia.
Sejamos francos: o que esperar de uma corte que teve como presidente Nelson Jobim - o homem que se orgulha de ter fraudado o texto constitucional??
sexta-feira, julho 11, 2008
quinta-feira, julho 10, 2008
Duas PF
sexta-feira, julho 04, 2008
Lula lá
quarta-feira, julho 02, 2008
Que boa notícia!
segunda-feira, junho 30, 2008
domingo, junho 29, 2008
domingo, junho 22, 2008
Liberdade de expressão ameaçada
sexta-feira, junho 20, 2008
quinta-feira, junho 19, 2008
Popper no rádio??
Nature sucumbe
O lobby boboca - mas poderoso - dos ecochatos de plantão é tão violento que dribla o sistema de publicação de trabalhos científicos na mais prestigiada revista científica.
(via Blog do Tambosi)
terça-feira, junho 17, 2008
Stalinismo bolivariano
segunda-feira, junho 16, 2008
Preciosidade
Eita, cultura!
Mas o que mais me chamou a atenção foi uma entrevista com um bando de velhos defendendo o direito de soltar balões. Se uma refinaria pegar fogo? Culpa da refinaria, oras! Entre os vagabundos que não têm mais o que fazer, há coronéis da PM e oficiais das Forças Armadas aposentados.
Ao ser questionado sobre a ilegalidade de soltar balões, um deles sapecou que "a lei é ilegal; nós não reconhecemos essa lei". Viram só? Na democracia bananeira é assim: não gostou de uma lei? Então, ignore-a. E assim o país avança... para trás.
A alegação desses picaretas é que soltar balão faz parte das "manifestações culturais". Um deles teve a coragem de soltar a estupidez de que um balão não representa perigo às aeronaves porque se desfazem antes do impacto por causa do deslocamento de ar!!
Engraçado, não vi nenhuma "ong" criticando esses irresponsáveis que põem fogo por aí. Ah, já sei! É porque não morreu nenhum mico-leão-dourado queimado - só gente.
sexta-feira, junho 13, 2008
Vancouver entre as melhores
quarta-feira, junho 11, 2008
Menos notícias; mais informação
"Este é um tema pelo qual tenho predileção. Discordo de que os jornais são bons na cobertura factual. Ser bom na cobertura factual, nesta altura do campeonato, com internet, TV e rádios, é ser um mau jornal.
Na minha opinião, os diários devem abandonar a cobertura factual e concentrar os poucos recursos de que dispõem na produção de reportagens exclusivas. A tendência do USA Today está ficando para trás.
Prefiro o WSJ. O jornalão de economia traz uma coluna na primeira página com notinhas das notícias do dia anterior. Já as matérias são todas não-factuais e, a maioria, exclusiva. E isso não é só porque se trata de um jornal de economia.
De que adianta um jornal simplesmente repetir o que dá noticiaram os veículos online e a TV no dia anterior? A Folha chega ao absurdo de manchetear qualquer bobagem dita pelo presidente (este e os anteriores). E esquecem de cobrir o que realmente interessa na política.
O único jornal que tende para o bom caminho, no Brasil, hoje, é o Valor. O Globo tem boas equipes de jornalismo investigativo, a exemplo da TV Globo.
As revistas semanais já deixaram de ser semanais. Suas capas tratam de temas com menos perenidade - uma matéria sobre saúde (ou doenças) pode ser lida tanto agora quanto daqui a seis meses. E os jornais devem ocupar o lugar deixado pelas semanais, com matérias analíticas e reportagens especiais.
Acho que isso não vai trazer mais custos; é só uma questão de melhor aproveitar os recursos - financeiros e humanos. O dia-a-dia as agências de notícias já cobrem."
domingo, junho 08, 2008
O velório dos jornais
Seguem alguns trechos (num outro post deixo a minha avaliação):
A maioria dos executivos reagiu ao colapso de seu modelo de negócios com uma espiral de cortes orçamentários, sucursais fechadas, fusões, demissões e reduções de formato e entrelinha. De 1990 para cá, um quarto dos empregos no ramo jornalístico desapareceu. A colunista Molly Ivins [1944-2007] reclamava, antes de morrer, da solução dada pelas companhias aos problema: "Tornar o produto menor, inútil e desinteressante".
O jornalismo de verdade, em especial o investigativo, é caro, não cansam de lembrar; compilação e opinião são baratos.
Em outubro de 2005, numa conferência em Phoenix, Bill Keller reclamou dos blogueiros que apenas "mastigam e reciclam notícias", em contraste com o "jornalismo de verificação" do "Times".
"Os blogueiros não mastigam notícias, eles cospem notícias", protestou Arianna Huffington numa postagem em seu blog. Como muitos blogueiros de esquerda, ela se irrita com a idéia de que a imprensa tradicional é superior à blogosfera quando se trata de publicar a verdade mais dolorida.
Mas Huffington não tem o que dizer sobre a relação parasitária que quase todos os sites mantêm com o jornalismo impresso.
Assim, por mais que se simpatize com os ataques de Huffington ao "Times" e com as críticas de Edsall ao "Post", é impossível não se preocupar com o que será feito das notícias e da democracia quando não houver mais jornais que invistam seus recursos e seu orgulho profissional na tarefa de trazer a nós, mesmo que imperfeitamente, a informação que precisamos ter.
Mas a transformação há de gerar sérias perdas. Os jornais ajudaram a definir o sentido dos EUA para seus cidadãos. Para escolher uma data ao acaso, na manhã de 11 de fevereiro eu fui buscar a versão impressa do "Times" na porta de casa e, além das notícias que eu poderia encontrar em qualquer lugar -Obama vencendo Hillary de novo, e George W. Bush tentando condenar à morte seis prisioneiros de Guantánamo-, a primeira página trazia uma combinação única de artigos e matérias que, sem uma instituição que as gerasse e publicasse, jamais fariam parte de nossa consciência coletiva: uma reportagem de Nairóbi, por Jeffrey Gettleman, sobre o impacto da violência étnica no Quênia na classe média local; uma nota de Doha, por Tamar Lewin, sobre o avanço das universidades americanas no Qatar; e, num furo que o Huffington Post depois viria a reproduzir, uma matéria de Michael R. Gordon sobre um estudo da Corporação Rand que criticava a atuação de Bush no Iraque.
A internet conseguirá lançar a mesma "luz" sem os exércitos de jornalistas e fotógrafos que os jornais tradicionalmente empregaram? É uma questão que talvez os democratas mais ardentes não queiram responder.
terça-feira, junho 03, 2008
Lá é piorrr
Vejam que interessante é esta explicação do que acontece por lá no mundo da política/polícia. A economia, cada vez mais, é uma ciência sobre o comportamento das pessoas.
Mais um escândalo
Por isso é chamo a atenção para mais este escândalo envolvendo as mais altas autoridades do governo de Santa Catarina. Chefes do Executivo e do Judiciário comprando matérias numa editora que publica uma revista vendida de um picareta de Blumenau.
Está tudo lá no blog do César Valente. E alguns ainda falam em "Sul maravilha". Maravilha para uma meia dúzia de privilegiados, agraciados com benesses às custas do dinheiro público.
quinta-feira, maio 29, 2008
Por pouco
Mas tudo bem; democracia é assim mesmo. Chamo a atenção também para o fato de que aqueles que votaram a favor da Adin (contra as pesquisas) foram os que apresentaram os votos mais rebuscados, cheios de citações, pretensamente eruditos.
Ao fim, César Peluzo e Celso de Melo bateram boca.
Os ministros que não permitiram um retrocesso ainda maior "neffepaiff" são: Cármen Lúcia, Ellen Gracie, Carlos Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Celso de Mello e Marco Aurélio Mello.
De outro lado, os que cederam - disfarçada ou indisfarçadamente - ao lobby da CNBB: Menezes Direito, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Gilmar Mendes e Cezar Peluso. Perdoai-os, Senhor, eles não sabem o que fazem.
A revolta dos "adevogados"
Marcelo Leite deu um pau no STF por causa do exibicionismo na votação sobre as células tronco embrionárias, e os "adevogados" se revoltaram contra ele nos comentários. Não existe profissão mais corporativista.
Deixei um comentário lá em apoio a ele. "Marcelo, concordo integralmente com você. Foi um show de exibicionismo. Depois que inventaram as TVs da Justiça e da Câmara/Senado, as sessões e CPIs não são mais as mesmas. Não tenha dúvida de que todos os seus detratores aqui são "adevogados". Corporativismo puro. Só acho que é ingenuidade você exigir conhecimentos filosóficos de advogados, mesmo os do STF, que lá chegam por indicação política! Sobre o mérito, a Lei de Biossegurança já permite o mínimo do mínimo. E ainda assim corremos o risco de ficar até sem este mínimo. Pelo menos descobrimos que temos cinco carolas no STF."
quarta-feira, maio 28, 2008
Empate?
Mas este negócio está estranho. "Parcialmente procedente" e "improcedente com ressalvas" não é a mesma coisa? Parece que sim. Ou seja, são quatro os que apoiaram o relator, e outros quatro alteraram o parecer de Ayres Britto.
Amanhã votam Marco Aurélio Mello, Celso de Melo e Gilmar Mendes. O avanço das pesquisas científicas "neffepaiff" está nas mãos destes senhores.